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Em Outubro, Portugal é Feminista

A Caravana Feminista 2015 saiu do Curdistão no dia 8 de Março, viajou pelo norte, sul, este e oeste da Europa e chega a Lisboa nos dias 15, 16 e 17 de Outubro. É a 4ª ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres e trará 600 mulheres vindas de todos os cantos do mundo.

São mulheres, inconformadas, guerreiras, aguerridas, sonhadoras, combativas. Não baixam os braços nem viram a cara às causas. Erguem-se contra as injustiças, as violências, as discriminações. Gritam bem alto os seus sonhos e os sonhos de todas as mulheres. Das mães, irmãs, amigas, das filhas, das altas e das baixas, das teimosas e das tímidas, das que falam curdo, português, inglês ou somali. Das que se batem e das que se resignam.

Enquanto existir uma mulher menorizada, desprezada, violentada, em qualquer tempo e em qualquer lugar, a indignação, a revolta e a luta são as suas armas. São mulheres. São Feministas. Em Outubro estão em Portugal.

A Caravana Feminista 2015 saiu do Curdistão, no dia 8 de Março e viajou pelo norte, sul, este e oeste da Europa (itinerário). Chega a Lisboa nos dias 15, 16 e 17 de Outubro (programa detalhado).

É a 4ª ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres e trará 600 mulheres vindas de todos os cantos do mundo que se juntarão às portuguesas para reforçar os movimentos feministas, partilhar experiências de lutas e resistências, para trilhar, coletivamente, caminhos para sociedades mais justas e igualitárias, para trabalhar na libertação das mulheres das amarras de um sistema opressivo em que a cultura dominante, capitalista, patriarcal e retrógrada as remete continuamente a uma condição menor.

O capitalismo, a austeridade e a pobreza diminuem a capacidade de luta pela igualdade porque separam as mulheres e fazem depender a libertação de umas da exploração de outras. É essencial criar elos e concertar lutas, reivindicações, realidades e estratégias em todas as esferas - locais, regionais e mundiais. A diversidade é também uma arma para a criação de redes de solidariedade e para o fortalecimento das resistências.

E porque a pobreza, a xenofobia, o racismo, a lesfobia, a austeridade, a espoliação de direitos fundamentais, a ascensão do fascismo e todas as formas de opressão tornam a vida das mulheres intolerável, não desistiremos enquanto existir uma mulher vítima de discriminação no acesso ao emprego, no local de trabalho, no seio familiar, na rua. Enquanto se mantiverem as desigualdades salariais entre homens e mulheres, enquanto a violação e o assédio sexual forem tolerados em tantos e tantos países, enquanto as barbaridades cometidas contra as mulheres como a mutilação genital feminina, os crimes de honra ou os apedrejamentos sejam considerados práticas culturais e não crimes, enquanto subsista o tráfico e exploração sexual das mulheres, enquanto cada uma continuar a ser inferiorizada, remetida à invisibilidade, desrespeitada.

Junta-te a nós e vem lutar por um mundo alternativo, justo e igualitário!

Sobre o/a autor(a)

Feminista e ativista. Socióloga.
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