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Faz-se tempo
Foquemo-nos em primeiro lugar no que pode ser travado. Sem o poder absoluto, a Direita não tem legitimidade para privatizar a Segurança Social, ou seja o que for, ou para fazer novos cortes nas pensões. Se o presidente da República insistir, para salvar os seus, em dar posse a um Governo cujo programa foi rejeitado nas urnas pela maioria dos portugueses, é pois nosso dever travar essa possibilidade.
Passemos depois ao que pode ser construído. Uma alternativa de corte profundo com a austeridade, que ultrapasse de vez as suas falsas premissas: a baixa do salário gera competitividade; a facilitação do despedimento cria emprego; o ataque aos salários e pensões consolida as contas públicas.
Essas premissas devem ser substituídas por outras: o salário para combater a pobreza, o investimento para produzir e criar emprego, e ambos para, em conjunto com uma reestruturação da dívida, porem as contas públicas em ordem.
Criar as condições para esta alternativa é o desafio de hoje. Requer coragem, clareza e determinação. Este é o desafio que se coloca ao PS: escolher uma verdadeira rotura com a austeridade para um novo caminho que precisamos de iniciar urgentemente, em vez das velhas ideias de governabilidade "responsável" ao centro, dentro dos parâmetros impostos pelas instituições europeias, ao sabor dos mercados financeiros.
Responsabilidade é garantir ao país que o plano de urgência que necessita para renascer da austeridade é possível. O desafio está lançado, faz-se tempo de nos pormos ao caminho.
Artigo publicado no “Jornal de Notícias” em 6 de outubro de 2015
Comments
Sinceramente eu estou com
Sinceramente eu estou com esperança que toda a esquerda se consiga entender, o PS tem de ter a coragem de fazer o que é correcto não é preciso ser radical simplesmente basta 1- arranjar a união na UE de maneira a ganharmos razão(maioria) no que toca há mudança de politica Europeia de maneira a arranjar soluções (De real Solidariedade) que vão de encontro com as necessidades dos países com problemas financeiros; 2- temos de combater a corrupção dos mercados financeiros, saber criar leis para serem punidos como deve de ser pelos seus crimes; 3- Combater o desemprego( Promover contratos de qualidade nem que seja por um período mínimo de 3 meses mas que garanta as condições na Lei) 4- reequilibrar a justiça social porque ao momento os ricos estão mais ricos e os pobres mais pobres.. Eu sei que é mais fácil escrever do que por as coisas em prática mas como dizes Mariana é preciso Determinação, Coragem e muita paciência para saber ter a calma necessária para lidar da melhor maneira com todas as dificuldades. Eu acredito no Bloco e acredito que a Esquerda vai conseguir.
Força Esquerda
Saúdo tod@s @s camaradas
Saúdo tod@s @s camaradas
Tal como a camarada disse " faz-se tarde" , mas será que os "senadores" do P.S. e também do P.S.D. , vão permitir legitimar a vontade do Povo ? Não creio. Não está na agenda politica dos partidos de direita , e na minha opinião o P.S. à muito que deixou a esquerda portuguesa , basta lembrar as abstenções na legislatura que termina . Esta postura de aparente abertura com a esquerda , Bloco e P.C. ,espero estar enganado , é uma "cortina de fuma" , digamos como um trunfo para levar para a mesa das negociações com a direita.
Assim , com grande maturidade politica , o Bloco remarca o diálogo para depois da reunião P.S./ P.S.D.
Reparem camaradas que retirei o C. D. S., da equação , pois com os votos obtidos é a 4 força politica , e ,tal como eu milhares de cidadãos eleitores questionam a legitimidade democrática de Vice Primeiro Ministro de Portugal com os votos contados .
Cara Mariana e camaradas
Cara Mariana e camaradas bloquistas
Por tudo quanto é decente, não deitem esta oportunidade fora. Estamos na antecâmara de um momento Histórico em Portugal: um Governo de ideologia de Esquerda, virado para o Cidadão e para a Sociedade.
Será o compromisso ideal? Porventura não. Mas seria uma desfeita enorme, para quem está esperançado de ver pela 1ª vez na nossa História democrática um Governo composto pelas 3 maiores forças políticas de Esquerda, que estas forças não chegassem a um acordo possível para impedir mais 4 anos de desgoverno.
Por isso deixo aqui um apelo: pela Saúde da minha mãe, entendam-se. Pelo trabalho do meu pai, entendam-se. Pelas minhas perspectivas de um futuro em Portugal, entendam-se. Por todas as famílias deste país, entendam-se.
Esta é a hora, e falhar é proibido.
Plenamente de acordo. É
Plenamente de acordo. É nestas alturas que se distinguem os grandes líderes dos líderes iguais a todos os outros. O momento é histórico. O Bloco tem que compreender a importância do momento. Para que a decisão seja tomada em consciência, vale a pena lembrar o que Hegel considerava serem os "heróis": são os indivíduos que se transcendem por terem a capacidade de se identificar com o interesse superior da razão universal.
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