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“Não cabe ao PR condicionar programas de futuros Governos”
Na declaração do Bloco de Esquerda sobre a comunicação do Presidente da República ao país, Mariana Mortágua afirmou: “É uma pressão para ajudar a direita a formar o Governo”. A deputada apontou que PSD e CDS/PP saíram fragilizados das eleições, lembrou que Cavaco Silva recebeu Passos Coelho antes de ser fechada a contagem eleitoral e indicou-o antes de reunir com os outros partidos, considerando que se trata de uma pressão de Cavaco para ajudar a direita a formar governo.
“O PR parece desconhecer a Constituição da República e acreditar que os compromissos europeus ou os compromissos internacionais se substituem a ela”, criticou Mariana Mortágua, sublinhando que “é preciso lembrar que não cabe ao Presidente da República vir condicionar programas de futuros governos, mas sim defender a lei fundamental do país”. “E já agora é preciso também recordar que foi essa mesma lei fundamental que o PSD, que Cavaco Silva quer proteger, atacou em todos os orçamentos do Estado que apresentou na AR”.
Mariana Mortágua insistiu na posição que o Bloco de Esquerda tem defendido, desde a noite eleitoral.
“Fomos muito claros ao longo dos últimos dias, não será pelo Bloco de Esquerda que existirá um governo de direita assente numa minoria parlamentar. Respeitamos os 3 milhões de pessoas que rejeitaram a política de austeridade proposta pelo PSD e pelo CDS nestas eleições”, afirmou a deputada.
“Reiteramos o desafio que fizemos ao PS para que possa ser encontrada uma solução estável de governo, que defenda as pessoas, o compromisso eleitoral e a vontade dos cidadãos”, declarou a deputada.
“Cavaco Silva afirmou que é tempo de compromissos e o Bloco de Esquerda afirma aqui o seu compromisso. O seu compromisso com a Constituição da República, com os salários, as pensões, o emprego, com a dignidade e a soberania do país”, afirmou a concluir Mariana Mortágua.
Comments
Repúdio
Eu já há muito tempo que não consigo ouvir o senhor Presidente da República, nem é preciso, o disco de vinil está todo arranhado e já nem dá para digitalizar. Já sabemos que o senhor Presidente queria que o seu partido tivesse maioria absoluta, mas como isso não aconteceu, vai dando a entender que o PS tem que dar uma ajudinha para salvar um governo minoritário, e ninguém tenha dúvidas que isso vai acontecer. Eu nunca vi o PS tão à direita com nos últimos tempos, se é que realmente ele alguma vez foi de esquerda, é que para mim, a marca que está no rótulo não me diz nada, é preciso provar que se é realmente bom e eles ainda não o provaram, só deram provas de serem uma esquerda falsa.
Por um governo de esquerda, pelo fim da austeridade austeridade
Neste momento histórico para a esquerda, é necessário abrir mão de várias coisas e negociar abertamente, tendo como centro o fim da austeridade econômica.
As demais questões devem e podem ficar em segundo plano,
Os eleitores saberão entender de que se trata de um governo de união das esquerdas, onde certamente algumas coisas ficarão de fora.
Pela unidade, contra a austeridade.
Será já demência senil???
Observando a forma demasiado arrastada como, ultimamente, Cavaco tem falado, recordando o out ocorrido quando discursava em Elvas, observando os longos e anormais tempos de raciocínio que leva para tentar articular uma frase simples para responder aos jornalistas que o interpelam parece-me aceitável começarmos a lamentar o pobre velhinho em vez de atacarmos uma pobre alma que já não é senhora do seu gasto e debilitado cérebro. Oxalá me engane, mas um neurologista muito conhecido já aventou esta possibilidade. Pobre velhote que avança em passos acelerados para abrir as portas da demência senil. Se não for já Alzheimer...
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