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“O voto de confiança é no Bloco de Esquerda”

Num jantar com centenas de apoiantes na Alfândega do Porto, a porta-voz do Bloco encerrou a campanha eleitoral com um apelo contra a abstenção, “que é o jogo para que fique tudo na mesma”, e um apelo ao voto no Bloco “para uma solução que salve o país”.
Jantar de encerramento da campanha do Bloco na Alfândega do Porto.

"Assumimos a responsabilidade de ser parte de uma solução para salvar Portugal”, afirmou Catarina, defendendo que “um voto no Bloco de Esquerda é um voto para proteger emprego, pensões e a sustentabilidade do Estado Social que é o primeiro pilar da democracia deste país”. Por essa razão, este domingo “o voto de confiança é no Bloco de Esquerda”, concluiu.

No jantar de encerramento da campanha, Catarina Martins dirigiu o apelo final ao voto “a quem não aceita o assalto às pensões dos seus pais e avós, às pessoas que em Portugal sabem o significado da palavra solidariedade e que acreditam na vida com dignidade no nosso país”, bem como “aos lesados do PSD e do CDS, que lhes confiaram o seu voto quando prometeram proteger pensões e salários”.

“Nestes quatro anos, a força que encontraram todos os dias a combatê-los foi sempre o Bloco de Esquerda”, prosseguiu Catarina Martins, enunciando os abusos denunciados pelo Bloco: das negociatas das privatizações à exploração laboral dos trabalhadores precários, dos falsos estágios e Contratos Emprego Inserção para desempregados.

“Quando PSD e CDS quiseram esconder o seu programa para a Segurança Social, foi o Bloco a denunciar o que lá está: 600 milhões de euros de corte das pensões para o próximo ano e a privatização das pensões para o futuro no casino da Finança”, declarou Catarina Martins, concluindo que “se não fosse o Bloco de Esquerda e a Segurança Social não teria estado na agenda desta campanha”.

“Quando PSD e CDS quiseram esconder o seu programa para a Segurança Social, foi o Bloco a denunciar o que lá está: 600 milhões de euros de corte das pensões para o próximo ano e a privatização das pensões para o futuro no casino da Finança”, recordou Catarina Martins, concluindo que “se não fosse o Bloco de Esquerda, a Segurança Social não teria estado na agenda desta campanha”. Sobre a proposta do PS de congelar as pensões, Catarina Martins reafirmou que “respeitar quem trabalhou e contribuiu toda uma vida é condição de uma democracia que se leva a sério e respeita o contrato social”.

“Se nos revolta ouvir o desplante da direita, num país em que se trabalha por tão pouco salário, em querer reduzir os custos de trabalho, temos de dizer também que não é aceitável que num país com um milhão de desempregados e que teve tantos despedimentos, o PS ache que o problema é a rigidez do mercado de trabalho e queira criar um regime conciliatório para facilitar despedimentos”, acrescentou Catarina, defendendo que “a esquerda define-se pondo o dedo nas soluções concretas para a vida as pessoas. E a proteção do emprego tem de ser a causa maior da esquerda e do país”.

Falando das últimas semanas de uma campanha que mostrou o apoio popular às propostas do Bloco, Catarina sublinhou o acerto da opção de “corrermos este país todos os dias a mostrar os bons exemplos que temos: falámos de emprego, de indústria, agricultura, pescas, saúde, educação, cultura, ciência, ambiente, porque há neste país quem faça o melhor. O que precisa é de não ter governos que destruam sempre tudo o que constroem”.

“E é com os bons exemplos, com o esforço de tanta gente que não desiste de Portugal, que se constroem as propostas: recuperar rendimentos do trabalho, ter segurança no emprego, dignidade na velhice. Que toda a gente possa viver se quiser no nosso país". Mas também "recusar a ideia que a emigração é o fado deste país e que as gerações mais jovens estão condenadas a ser a mão de obra barata do norte ou do centro da Europa". Para Catarina, a campanha do Bloco provou que "não tem de ser assim. Queremos viver aqui de cabeça erguida e é para isso que aqui estamos”, concluiu.

António Capelo: “O voto útil é aquele que me deixa de bem com a minha consciência”

O jantar contou com a participação do ex-coordenador do partido, que destacou a “sondagem mais importante de todas: o trabalho que o Bloco fez para garantir a confiança dos novos eleitores, que só viram troika pela frente e lhes dizem que ainda têm pelo menos 20 anos de Tratado Orçamental pela frente”. Francisco Louçã não esqueceu o discurso dos grandes partidos “que chegam ao fim da campanha eleitoral desesperados, só a pensar em si próprios e nos lugares do partido, sem uma palavra para Portugal”, dizendo apenas que precisam de uma maioria. “As últimas horas da campanha são reveladoras do que estes partidos têm para nos dizer: é o tempo do disparate”, resumiu Louçã.

Na sua intervenção, José Soeiro atacou os planos de Paulo Portas e Passos Coelho para governar em minoria, garantindo que “por mais esquemas que o Presidente da República ande a magicar, a minoria absoluta da direita só pode ter um destino: vão para a oposição, não vão mais governar”. O segundo candidato pelo Porto apelou ao voto e defendeu que “precisamos de deputados que façam a diferença contra a precariedade e o desemprego, que falem do que mais ninguém fala, como o trabalho sexual ou a morte digna, ou o confisco de bens de quem enriquece ilegalmente com a corrupção, que façam a luta dentro e forma do parlamento e que sejam capazes de deitar abaixo os muros que separam o parlamento da vida”.

António Chora defendeu que o Bloco é “o único partido que está em condições de defender os nossos direitos, as reformas, evitar os cortes e que os direitos sejam retirados”. Tiremos a direita do poder e façamos com que no parlamento seja possível governar com gente de verdade, que só quer governar para o povo e para os trabalhadores”, concluiu o mandatário nacional da candidatura.

“Partimos para esta campanha com toda a energia que o momento requeria”, afirmou por seu lado Mariana Mortágua, saudando os militantes e ativistas que fizeram a campanha do Bloco. A candidata bloquista por Lisboa sublinhou as lutas protagonizadas pelo partido que marcaram a diferença, como a da paridade entre homens e mulheres. “É que no Bloco de Esquerda, as mulheres não são biombos de sala”, declarou Mariana Mortágua, destacando as propostas que o Bloco trouxe a esta campanha e criticando os apelos a maiorias absolutas e a uma suposta “estabilidade” para continuar a cortar salários e a privatizar o que ainda falta. “Há uma geração que não desiste de querer mudar este país, não desiste de fazer diferente, não desiste de viver aqui”, concluiu Mariana Mortágua, apelando ao voto em deputados que representem esta força.

António Chora defendeu que o Bloco é “o único partido que está em condições de defender os nossos direitos, as reformas, evitar os cortes e que os direitos sejam retirados”. Tiremos a direita do poder e façamos com que no parlamento seja possível governar com gente de verdade, que só quer governar para o povo e para os trabalhadores”, concluiu o mandatário nacional da candidatura.

O ator António Capelo falou “da onda que vai desaguar fortemente em São Bento” com o reforço do Bloco nestas eleições. “O voto útil é aquele que me deixa de bem com a minha consciência”, defendeu Capelo, dizendo que na grande arruada da tarde, “na rua de Santa Catarina, a Catarina Martins parecia a Santa Catarina”. “O que senti nessa onda é que há gente que se junta a nós com lágrimas nos olhos, que as pessoas confiam nos representantes do Bloco de Esquerda. Porque são bem preparados, vão aos debates muito mais bem preparados que eles”, resumiu.

O terceiro candidato pelo Porto fez a abertura do jantar que reuniu mais de 700 apoiantes do Blcoo, manifestando confiança que no domingo “será eleito um grande grupo parlamentar para combater a austeridade”. Para Luís Monteiro, “o que é importante é que a simpatia e receptividade na campanha se traduza no domingo por uma grande votação, porque o voto útil é o voto no Bloco de Esquerda”.

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