Numa visita à Feira da Lixa, onde foi recebida de forma calorosa pela população, Catarina Martins foi confrontada pelos jornalistas com a notícia do dia, dada horas antes pela Antena 1: a então secretária de Estado Maria Luís Albuquerque deu ordens à administração da Parvalorem para esconder 157 milhões de euros de prejuízos do BPN, adiando o seu impacto para assim melhorar as contas do défice de 2012.
"Não tive tempo de ver os números e os relatórios, mas uma coisa posso dizer: acho que ninguém tem dúvidas, neste país, de que este Governo não governou para as pessoas e governou sempre a tentar disfarçar metas que ainda por cima não alcançou. Esta notícia, não sendo uma que diga bem do Governo, também não surpreende ninguém”, afirmou Catarina Martins.
"Sabemos como este Governo foi fazendo sempre alterações contabilísticas e retificações para cumprir metas do défice. Infelizmente este tipo de estratagema foram feitas vezes de mais em Portugal e por vários governos”, recordou a porta-voz do Bloco
Quanto às perspetivas eleitorais do partido para estas legislativas, a fasquia colocada inicialmente por Catarina Martins mantém-se: "É preciso que o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda saia reforçado das eleições, que possamos eleger mais deputados e deputadas com o compromisso intransigente das soluções que criam emprego, protegem salário, que defendem Portugal."
Quanto às múltiplas sondagens publicadas diariamente, a porta-voz bloquista considera que ”as sondagens dizem-nos pouco sobre a realidade. Em todo o caso, o que nos dizem ao Bloco é que, no pior dos cenários, aparece com o mesmo resultado que teve em 2011 e sabem bem como todos os outros cenários nos dizem que é possível crescer."