Segundo a dirigente bloquista, "se fosse verdade que o Governo tinha dados de execução orçamental que lhe permitissem essa devolução de um terço", significaria que "quem ainda está no Governo estava a usar as suas funções governamentais para fazer um número de propaganda política a poucos dias das eleições, e isso nunca seria aceitável".
Contudo, "não é verdade, porque os dados de execução orçamental no que diz respeito às receitas de impostos estão inflacionados pelos reembolsos de IVA que não estão a ser feitos às empresas", avançou a porta voz do Bloco.
Por outro lado, acrescentou Catarina Martins, "o descontrolo das contas públicas com o défice conhecido no primeiro semestre de 2015" significa que "não há nenhuma folga no orçamento".
"Acresce que está a ser anunciado como sendo uma medida de devolução, quando não estamos a falar de devolução. Foi cobrado imposto a mais às pessoas, não é nenhuma borla que vão ter. Pagaram a mais e tem de haver um ajuste de contas”, destacou.
A dirigente bloquista lembrou ainda que o valor em causa “não chega a um décimo daquilo que foi o enorme aumento de impostos de Vítor Gaspar”.
“É triste que, a poucos dias das eleições", se assista à coligação de direita do PSD/CDS-PP "a instrumentalizar a máquina do Estado para a sua propaganda eleitoral", rematou.