You are here

Bloco apela ao voto dos “lesados do PSD”

Num jantar de campanha em Bruscos/Alcouce, José Manuel Pureza insurgiu-se contra a proposta do PS para continuar a cortar nas pensões, numa altura que cada português já pagou 1950 euros para salvar bancos.
Foto Serafim Duarte.

O jantar realizou-se junto à terra natal de Marisa Matias e contou com a participação da eurodeputada bloquista e dos primeiros candidatos da lista do Bloco por Coimbra. José Manuel Pureza falou da campanha do Bloco pelos concelhos da região, onde as dificuldades da vida das pessoas contrastam com as facilidades que os governantes concedem ao sistema financeiro.

“Ainda ontem surgiu a notícia de que cada um de nós pagou 1950 euros para salvar os bancos. E eu pergunto-me o que é prioritário para este país: pagar os cambalachos financeiros ou gerir os dinheiros públicos de maneira responsável para que todos possam gerir as suas vidas até ao fim?”, questionou José Manuel Pureza, sublinhando “o medo, a incerteza e a insegurança que vêm ao de cima” quando horas antes falou com trabalhadoras há mais de 40 anos na mesma fábrica acerca das suas reformas.

Jantar do Bloco em Bruscos/Alcouce. Foto Ana Gonçalves.

 
“O PS  diz que vai cortar mil milhões de euros em prestações sociais. Então para que é que serve um governo? Para apoiar aqueles que precisam de apoio ou para apoiar os amigos do governo e da alta finança? Qual é a escolha? Eu sei qual é a escolha do Bloco e não deixaremos de lutar por isso”, concluiu Pureza, manifestando confiança na eleição de um deputado do Bloco por Coimbra.

A mesma confiança no regresso da representação parlamentar do Bloco de Esquerda no distrito foi revelada por Gisela Martins, após traçar um retrato muito negativo da ação do governo que se apresenta às eleições com o nome “Portugal à Frente”.

Gisela Martins. Foto Ana Gonçalves.

“Estamos à frente no empobrecimento generalizado do país. Estamos à frente na precariedade. Estamos à frente na falta de apoios sociais”, afirmou a segunda candidata bloquista pelo círculo de Coimbra, reafirmando o seu “orgulho em fazer parte desta equipa que esteve sempre onde teve que estar, que não se coíbe de apresentar propostas alternativas”.

“Dia 4 deve ser o grande dia da cobrança dos enganados e lesados do PSD”

A eurodeputada Marisa Matias apelou no seu discurso ao voto dos “enganados e lesados do PSD”, a quem prometeram estabilidade, mas só trouxeram precariedade, desemprego e cortes no rendimento. “Hoje pergunta-se se haverá alguma saída para estes lesados que depositaram a sua confiança no papel de voto que hoje em dia não tem valor”, acrescentou.

Marisa Matias. Foto Ana Gonçalves.

“Dia 4 deve ser o grande dia da cobrança dos enganados e lesados do PSD”, apelou Marisa Matias, assumindo “a obrigação de falar a todos os lesados para não desanimarem, para não voltarem a correr o mesmo risco e que continuem a apoiar a democracia”. A eurodeputada do Bloco sublinhou que “o voto só é útil para quem vota e não é para fazer o favor a ninguém”, antes de lançar a pergunta aos presentes que encheram a sala deste jantar de apoio ao Bloco: “Que outra lista apresenta candidatos que melhor representem o distrito?“.

Termos relacionados legislativas 2015, Política
(...)