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“Se Portugal fosse um banco, já estávamos salvos!”

Numa sessão pública do Bloco em Portalegre, Marisa Matias defendeu que é necessária uma alternativa política para travar a asfixia do país por parte da dívida pública e das rendas atribuídas pelos últimos governos aos grandes grupos económicos.
Marisa Matias na sessão pública de campanha em Portalegre. Foto Ana Gonçalves

A eurodeputada bloquista esteve esta quarta-feira em campanha com a candidatura encabeçada por Rui Pulido Valente no distrito de Portalegre. O dia começou em Elvas, onde os candidatos visitaram as obras de recuperação do Forte da Graça e prosseguiu com um encontro no Instituto Politécnico de Portalegre com Joaquim Mourato, presidente do IPP e do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. A reunião abordou as dificuldades sentidas pelo Instituto, com a escassez de recursos e financiamento, um problema comum à região.

Na sessão pública da noite, Marisa Matias sublinhou que metade dos impostos pagos pelos contribuintes são sugados pelos juros da dívida pública e pelas rendas concedidas pelos últimos governos, representando “uma transferência sem precedentes do valor do nosso trabalho para o capital”. O aumento do valor dos ajustes diretos do governo PSD/CDS para 8 mil milhões de euros foi igualmente criticado pela eurodeputada.

Marisa Matias e Rui Pulido Valente com Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre. Foto Ana Gonçalves

Enquanto o desemprego e a precariedade subiram como nunca, prosseguiu Marisa Matias, os investimentos que chegam ao país “nada têm a ver com o incentivo ao emprego”. “Que estabilidade é esta que traz o governo de direita? Estabilidade para quem? A única estabilidade foi garantir aos amigos do governo que a sua situação se mantinha. Que estabilidade é esta que não conseguiu apresentar nenhum orçamento constitucional?”, questionou.

Marisa Matias defendeu ainda que o PS não representa a alternativa ao atual governo, mas uma alternância, já que as divergências com o PSD são sobretudo “semânticas”. E concluiu apelando ao voto no Bloco de Esquerda por parte de quem defenda que “não estamos condenados ao sofrimento” da austeridade perpétua.
 

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