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Refugiados: falta de acordo mostra “descalabro da UE”

"Que a União Europeia, hoje, não seja capaz de responder sequer pela lei internacional e pela Convenção de Genebra, que nos obriga a acolher e a dar asilo a quem foge da guerra, é o descalabro da União Europeia à nossa frente", afirmou Catarina Martins durante um jantar/comício do Bloco em Viseu.
"A União Europeia não é capaz de arranjar solução para 350 mil pessoas, uma União Europeia que tem 500 milhões de habitantes", criticou, acrescentando que se trata do "equivalente a 0,05% da população europeia". A porta-voz do Bloco lembra que entre essas pessoas que fogem da guerra e dos bombardeamentos, “100 mil são crianças, dez mil delas a viajarem sozinhas, segundo a Unicef".
Catarina Martins sublinhou que numa altura em que é urgente criar corredores humanitários na União Europeia, pelo contrário, levantam-se mais fronteiras, concluindo que “a austeridade é o invés da solidariedade, que a austeridade não permite nenhuma união". "A austeridade é sim o que está a enterrar a Europa e a semear o ódio, que é sempre o pior de todos os caminhos”, prosseguiu.
"Encolher os ombros cada vez que são humilhados os direitos humanos é negarmo-nos a nós próprios enquanto gente. Cada vez que a solidariedade é negada são as nossas vidas que estão em jogo", acrescentou a porta-voz do Bloco.
Novo Banco “cada vez lembra mais o BPN"
Outro dos temas fortes do comício, que contou também com intervenções de Mário Tomé e António Gil, o candidato do Bloco pelo círculo de Viseu, foi o anúncio do adiamento da venda do Novo Banco.
Para Catarina Martins, a decisão leva os quase 4 mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes a entrar para as contas do défice de 2014, que "muito provavelmente chegará aos 7%". "Ou seja, depois de tudo o que aconteceu ao país, depois dos cortes de pensões, de salários, na saúde, na educação, na cultura, na ciência, nos apoios sociais a quem mais precisava, depois de um país a ser destruído durante quatro anos, o défice de 2014 vai ser igual ao défice de 2011", lembrou.
A porta-voz do Bloco criticou ainda os governantes, como Maria Luís Albuquerque, que apresentam o défice agora registado com o Novo Banco como “meramente contabilístico". "Aparentemente, quando chega à banca é meramente contabilístico e não há problema nenhum, mas quando é para cortar salários ou pensões, o défice não pode ficar acima nem sequer uma décima porque aí é custe o que custar para cumprir a meta", sublinhou Catarina Martins.
Comments
emigrantes
descalabro da UE.descalabro é a incompetência do BE em relação aos refugiados. EXPLIQUE COMO É QUE CRIANÇAS ANDAM QUILÓMETROS SÓZINHAS. por acaso não acha estranho tamanha capacidade?
Emigrantes
Sr. Domingos Dias...
Espanta-me no assunto em referência é a sua incompetência intelectual!!! ou então a sua maldade intelectual. A Catarina Martins não inventou numeros mas comenta dados avançados pela UNICEF (espero que saiba o que é?!), uma organização mundial credível. Claro que na sua interpretação de "sózinhos" nem o Pai Natal acredita que o fizeram!!! Se tivesse ao menos um pingo de humanidade compreenderia e entenderia que a referência a "sózinhos" refere-se a viajarem sem a companhia dos pais ou outros familiares directos. Espero te-lo ajudado a compreender melhor a situação.
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