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Pesca da sardinha proibida em Portimão

O dirigente da Cooperativa dos Armadores de Pesca do Barlavento (Barlapescas), Jorge Vairinhos, declarou à Lusa nesta quinta-feira: "Recebemos hoje a comunicação da Direção-Geral dos Recursos Naturais de que a partir de sexta-feira ao meio-dia fica impedida a captura da sardinha para os barcos de Portimão".
A interdição deve-se ao facto de ter sido esgotada a quota anual de 700 toneladas de captura de sardinha, estabelecida para Portimão.
Devido à proibição da pesca da sardinha os pescadores receberão uma compensação de até 27 euros por dia. Os armadores também receberão uma compensação.
A verba "seria suficiente se fosse paga durante os nove meses em que se prevê que os barcos fiquem parados e não apenas durante três meses", considera Jorge Vairinhos, que questiona: "A compensação abrange apenas três meses. Como é que os pescadores sobrevivem nos outros seis meses que vamos estar parados?"
Jorge Vairinhos considera que, além do Estado, que "tem feito uma má gestão das quotas de capturas a nível nacional, existem armadores que capturam grandes quantidades, não se preocupando com as quotas". "Há barcos que apanham nove toneladas e eu só posso apanhar duas. Não percebo a diferença se todos pagamos os mesmos impostos", destacou.
Governo não defendeu Portugal nas quotas da sardinha, diz federação sindical
A federação dos sindicatos da alimentação, hotelaria e turismo (Fesaht) considera que o anúncio da proibição de captura de sardinhas no território nacional é um “ato de submissão do Governo PSD/CDS-PP junto da União Europeia que não teve em conta a realidade do nosso país, nem defendeu os direitos dos trabalhadores do setor (pescas, conservas e conservação)”.
A federação sindical filiada na CGTP exige ao governo que “reveja o compromisso restritivo que assumiu no plano da gestão da sardinha, alargando a quota de captura de sardinha” e exige ainda “medidas imediatas e justas de compensação aos pescadores e aos trabalhadores do sector das conservas que estejam a ser afetados”.
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