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Câmara de Lisboa demoliu mural de Saramago e Pilar para construir parque de estacionamento

O edifício em que figurava um mural que homenageava o Prémio Nobel da Literatura português e Pilar del Rio foi demolido pela Câmara Municipal de Lisboa. No seu lugar, será construído mais um parque de estacionamento da EMEL.
O mural era “uma forma de homenagear Saramago”, Prémio Nobel da Literatura em 1998.

O mural, até há uma semana situado no Campo das Cebolas, em Lisboa, foi inspirado no documentário José e Pilar, realizado em 2010 por Miguel Gonçalves Mendes.

O edifício devoluto, que se situava a poucos metros da Casa dos Bicos, sede da Fundação José Saramago, foi demolido por ordem da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para ser construído mais um parque de estacionamento da EMEL, a empresa municipal que gere o estacionamento em Lisboa.

A pintura na parede, inaugurada nos finais de 2010 e que não deixava quem por lá passava indiferente, é da autoria dos writers Ayer, Nomen e Pariz. A ideia, que partiu da produtora do filme sobre o casal José Saramago e Pilar del Rio, contou, curiosamente, com o apoio da própria Câmara Municipal de Lisboa, por via da Galeria de Arte Urbana (GAU).  

Na altura, o realizador do documentário afirmou que o mural era “uma forma de homenagear Saramago”, Prémio Nobel da Literatura em 1998.

Contactada pelo jornal Público, a GAU justifica-se dizendo tratar-se de “um projeto efémero”. A Câmara de Lisboa, liderada pelo socialista Fernando Medina, informou ainda que a demolição do edifício estava prevista “no âmbito do Plano de Valorização e Requalificação do Campo das Cebolas, que inclui a construção de um parque de estacionamento por parte da EMEL”. 

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