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Investigação ao BES: Salgado fica em prisão domiciliária

O ex-banqueiro foi ouvido na sexta-feira como arguido nas investigações ao BES pela segunda vez na mesma semana. O juiz decretou a prisão domiciliária para Ricardo Salgado, sem pulseira eletrónica. O ex-banqueiro poderá ausentar-se com autorização do juiz.
Foto Miguel A. Lopes/Lusa

As investigações ao “Universo Espírito Santo” levaram Ricardo Salgado a ser interrogado e constituído arguido na segunda-feira, informou a Procuradoria-Geral da República em comunicado esta sexta-feira, quando Salgado voltou a ser ouvido a pedido do Ministério Público para lhe ser agravada a medida de coação.

O banqueiro acabou por sair do Tribunal Central de Instrução Criminal de regresso a casa, onde será obrigado a permanecer a partir de agora, salvo com autorização do juiz, informou o seu advogado Francisco Proença de Carvalho, acrescentando que irá recorrer da decisão.

Segundo a informação da PGR sobre as investigações, “correm termos no DCIAP, neste momento, cinco inquéritos autónomos e 73 inquéritos, que se encontram apensos a um daqueles”, respeitantes a queixas apresentadas por lesados do BES.

Para além de Ricardo Salgado há outras cinco pessoas constituídas arguidas nestas investigações por suspeitas da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais.

O jornal Público diz que na quinta-feira o alvo das investigações foi a empresa de Segurança Esegur, onde foi apreendida grande quantidade de documentos e de quadros nos cofres da empresa. O semanário Sol diz que as buscas partiram de denúncias anónimas feitas há meses, mas que nos cofres nada foi encontrado, havendo indícios de que os objetos de valor tenham seguido nos últimos meses para o Brasil. Os dois relatos convergem na informação de que o diretor de segurança da Esegur acabou detido, mas por posse de armas em sua casa. 

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