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Concentração de solidariedade com presos políticos em Angola

O esquerda.net tem noticiado a repressão em Angola e a prisão de diversos ativistas nas últimas semanas.
Na convocatória da concentração, com o título “Em Angola é proibido Pensar”, denuncia-se que “nos últimos meses tem-se vivido um clima de forte repressão” e apela-se à solidariedade com a luta pela liberdade em Angola.
O texto lembra que “a 20 e 21 de junho foram presos pelo menos 15 jovens em Luanda, todos conhecidos por pertencerem a grupos associados a um suposto Movimento Revolucionário de Jovens”. Recorda também que, a 14 de março, foi preso outro ativista “José Marcos Mavungo, acusado de rebelião, por preparar uma manifestação pacífica contra a corrupção” e que “desde 27 de maio, está detido o ativista Mário Faustino, que enfrenta uma situação de torturas recorrentes, espancamentos e ausência de qualquer direito”.
Entre os factos repressivos, o texto aponta ainda “a nova lei tirânica sobre as 'ONGs' – aparentemente abrangendo também todas as associações – que a partir de Setembro pode 'regulamentar' o controlo das organizações da sociedade civil; o julgamento do jornalista Rafael Marques, revelador do peso da subordinação do judicial a outros poderes; as violações, especialmente em Cabinda, dos direitos humanos e das convenções assinadas pelo país; o massacre de mais de um milhar de fieis de uma seita religiosa no mês passado no Huambo...”
O documento refere também que nos últimos quatro anos “forças de segurança públicas, serviços de segurança privados, milícias armadas e até os tribunais têm sido mobilizados para silenciar vários grupos de jovens que têm ousado exigir publicamente a demissão do presidente José Eduardo dos Santos”. “Estes activistas têm enfrentado espancamentos, perseguições, ameaças, raptos e montagens judiciais, como a actual, onde estão acusados de organizarem encontros sob o tema ‘Filosofia das Revoluções Não violentas’, e ‘prepararem um golpe de estado’”, denuncia ainda a convocatória.
“Acusar alguém de tentativa de golpe de estado é sempre uma manobra política. Sobretudo se esse alguém não é um grupo militar com capacidade para derrubar o aparato do MPLA”, aponta ainda o texto, questionando: “O que pretende o presidente José Eduardo dos Santos, há 36 anos no poder, com este nível de repressão?”
A concentração de solidariedade terá lugar nesta sexta-feira, 17 de julho, a partir das 15h, em frente ao Consulado Angolano na Rua Fradesso da Silveira, Alcântara-Rio, em Lisboa.
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