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Patrões, banqueiros e direita alemães querem expulsar Grécia da zona euro

Em coro bem afinado, porta-vozes dos patrões, banqueiros e do partido de Merkel vieram a público, neste domingo, exigir a expulsão da Grécia do euro pela população ter rejeitado em referendo as medidas de austeridade exigidas pelo Eurogrupo.
Direita alemã não "gostou" da vitória do "não" no referendo na Grécia.

O deputado conservador alemão Michael Fuchs, em reação à vitória do “não” no referendo, acusou Alexis Tsipras de ter provocado um “desastre”.

 “Lamento muito o resultado”, afirmou o dirigente do partido de Merkel. “Tsipras provocou um desastre e precisa agora de descobrir como apanhar os cacos. Não há hipótese de encontrar uma solução dentro de 48 horas”, declarou este domingo Fuchs.

Julia Klöckner, também dirigente da CDU-CSU, avisou Tsipras que “não deve pensar que vai colocar a Alemanha e a Europa sob pressão à custa do resultado do referendo”.  

Patrões e banqueiros alemães querem Grécia fora do euro

Dois presidentes de duas das mais influentes confederações patronais alemãs afirmaram este domingo que não conseguem ver outro caminho para a Grécia que não passe pela saída do país da zona euro, depois da sua população ter rejeitado em referendo as medidas de austeridade propostas pelo Eurogrupo.

“Não, vamos poder evitar”, declarou Anton Boerner, presidente da associação de empresas exportadoras da Alemanha, questionado pela agência Reuters se a saída da Grécia do euro era inevitável.

O presidente de bancos de poupança alemães, Georg Fahrenschon, disse que “com o “não”, o povo grego manifestou-se contra os fundamentos e regras de um bloco de moeda única. Como consequência, a Grécia deve deixar a zona euro”. 

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