You are here

Lisboa, Londres e Barcelona solidárias com a Grécia

Milhares de pessoas continuam a sair à rua na Europa para mostrar solidariedade com o povo grego, na semana em que este fará a sua escolha democrática sob a asfixia financeira do poder político europeu.
Foto Paulete Matos

Em Lisboa, algumas centenas de pessoas estiveram em frente à representação oficial da UE em protesto contra a tentativa de boicote ao referendo de domingo sob o lema “Deixem a Grécia decidir!”.

A concentração contou com intervenções do ex-líder da CGTP Carvalho da Silva, que lançou críticas não só à postura dos credores, mas também à atitude do governo português; de Maria do Céu Guerra, que falou da necessidade da solidariedade com o povo grego e leu algumas estrofes de um poema de Hélia Correia, a propósito da Grécia; e de Luísa Teotónio Pereira, a quem  coube as apresentações e a intervenção final numa iniciativa que contou com animação de tambores e música grega.

Londres: milhares defendem direito da Grécia a decidir

Em Londres, milhares de pessoas acorreram a Trafalgar Square, numa concentração de solidariedade com a Grécia e contra a austeridade. O candidato a líder trabalhista, Jeremy Corbyn, defendeu o cancelamento da dívida grega e o apoio internacional ao governo eleito para que possa reconstruir o país.

“O Banco Central Europeu declarou guerra financeira à Grécia para impor mais austeridade”, afirmou Andrew Burgin, da ‘Greece Solidarity Campaign’, defedendo que os políticos europeus devem respeitar a democracia e que o povo grego tem o direito a decidir sobre o seu futuro.

“Grécia sim, troika não!” foi a mensagem de Barcelona

Meio milhar de pessoas esteve no centro da capital catalã, junto ao gabinete da UE na cidade, para deixar bem claro que a democracia não pode ser sequestrada pelos mercados.

"A Grécia é o exemplo flagrante do que temos denunciado: que se está criando uma Europa que vira as costas à cidadania", disse à Agência France Presse Albano Dante, o candidato do Podemos às eleições de setembro na Catalunha.

Para o jornalista e ex-editor da revista ‘Cafèambllet’, “a intransigência das instituições com Atenas é um aviso à navegação, a qualquer um que se atreva a questionar essas políticas de austeridade".

 

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Internacional
(...)