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Israel impede barco da Flotilha da Liberdade de chegar a Gaza

Marinha israelita interceptou o Marianne, um dos barcos da III Flotilha da Liberdade, esta madrugada, quando tentava romper o bloqueio marítimo imposto por Israel há já oito anos à Faixa de Gaza.
O barco transportava painéis solares e ajuda médica para Gaza

"A marinha israelita advertiu o barco várias vezes para que mudasse o rumo. Depois da sua rejeição, a marinha visitou e explorou o barco em águas internacionais para o impedir na sua intenção de romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza. As forças informaram de que não foi necessário o uso da força e que o processo decorreu sem incidentes", acrescenta o comunicado das forças armadas israelitas.

O barco será transportado para o porto de Ashdod, no sudoeste de Israel.

Horas antes da sua chegada, a comunicação social israelita anunciara que os ativistas a bordo da Flotilha seriam intercetados pela marinha e que lhes seria entregue uma carta assinada pelo primeiro-ministro Benjamín Netanyahu,  em que entende que se “equivocaram no rumo. Quiçá tinham intenção de viajar para um lugar não longe daqui: Síria, onde o regime de Assad está a assassinar a sua própria gente diariamente com o apoio do regime assassino do Irão”.

"Se realmente estivésseis interessados nos direitos humanos não navegaríeis em solidariedade com um regime terrorista que executa os residentes de Gaza sem julgamento e utiliza os seus residentes como escudos humanos", acrescenta a missiva, em referência ao Hamas.

A organização Rumo a Gaza informou no domingo à noite que o Marianne tinha estado sobre vigilância de navios militares e aviões de reconhecimento e que se encontrava a 170 milhas náuticas do porto de Gaza.

O barco transportava painéis solares e ajuda médica para Gaza, enquanto os três veleiros que o acompanham levam "parlamentares, representantes de movimentos sociais e jornalistas que façam depoimentos sobre a flotilla e ajudem a atrair a atenção mundial, não só sobre a pirataria israelita contra o ativismo internacional pró-direitos humanos, mas também dos oito anos de sofrimento e destruição que o bloqueio está a provocar em Gaza”.

A bordo do Marianne encontra-se, por exemplo, a eurodeputada do Bloco Nacionalista Galego Ana Miranda e o ex-presidente de Tunes  Moncef Marzouki.

O Marianne partiu da Suécia em maio e atracou em Lisboa a 3 de junho. Nesse mesmo dia, promoveu um debate em que participou a deputada bloquista Helena Pinto.

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