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Varoufakis: Recusa em prolongar prazo retira “credibilidade ao Eurogrupo”
“A recusa do Eurogrupo em aceitar a nossa proposta de extensão do acordo por uns dias, umas semanas, para permitir ao povo grego votar as propostas dos credores, irá certamente afetar a credibilidade do Eurogrupo como uma união democrática de Estados-membros parceiros. Temo que o dano seja permanente", avançou o ministro das finanças grego em conferência de imprensa.
Yanis Varoufakis afirmou, por outro lado, que o executivo não podia aceitar “as consequências recessivas das propostas dos credores” e que “nada no acordo iria eliminar o medo de um grexit”, sublinhando, contudo, que “o governo não tinha mandato” para rejeitá-lo.
“Só o povo grego poderá decidir”, frisou, garantindo que se os gregos disserem que sim, o governo assinará o documento.
"É um dia triste para a Europa, mas vamos ultrapassá-lo", referiu Varoufakis, vincando que está “absolutamente determinado em encontrar uma solução” e que ainda é possível chegar a um acordo.
O ministro das finanças grego recusou ainda a ideia de que o referendo será sobre o euro: “Quem disser que o referendo é sobre o euro está a colocar uma interpretação duvidosa sobre um facto claro - não há dispositivos para a saída da união monetária”.
Eurogrupo intensifica chantagem
Durante a conferência de imprensa que teve lugar esta tarde, o presidente do fórum dos ministros das Finanças da zona euro, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que o Eurogrupo adotou uma declaração a 18 - que não foi subscrita pela Grécia - e que a reunião iria prosseguir sem o governo grego, "para discutir consequências" e "preparar passos que seja necessário dar" para "assegurar que a estabilidade da zona euro se mantém ao seu nível mais elevado".
Dijsselbloem frisou que o programa de assistência terminará na noite de terça-feira, rejeitando a proposta da sua extensão por uns dias para permitir aos gregos pronunciarem-se sobre o acordo.
O presidente do Eurogrupo vincou, por outro lado, que a votação no sim no referendo terá duras consequências e que o governo grego continuará a ter de honrar as suas obrigações financeiras.
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