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Alterações climáticas ameaçam avanços na saúde

Cientistas europeus e chineses defendem neste trabalho que “o catastrófico risco potencial” do aquecimento do planeta para a saúde dos seres humanos tem sido subestimado.
“As alterações climáticas constituem uma emergência médica e, portanto, requerem uma resposta urgente”, frisa Hugh Montgomery, diretor do Instituto para a Saúde Humana do University College London.
Referindo que se tem registado uma maior frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos, e que as alterações climáticas têm também consequências indiretas para os humanos, como por exemplo no que respeita ao seu impacto na propagação de doenças infeciosas, no aumento da poluição atmosférica, na insegurança alimentar e má nutrição, os autores alertam que estão em causa os avanços na saúde conquistados nas últimas décadas.
“As alterações climáticas têm o potencial de reverter as melhorias verificadas na saúde que o desenvolvimento económico conseguiu nas últimas décadas”, avança Anthony Costello, responsável do Instituto para a Saúde Global do UCL.
Em declarações à Rádio Renascença, o especialista em alterações climáticas Filipe Duarte Santos assinalou os efeitos que também se fazem sentir em Portugal.
“Sabe-se que quando há uma onda de calor há um aumento da mortalidade – Portugal já tem um sistema de alerta paras ondas de calor. Mas há uma série de factores que também nos nossos países agravam a saúde humana, como os fogos florestais e toda a poluição que isso acarreta”, destacou.
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