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Praça Syntagma volta a encher para recusar mais austeridade

A manifestação convocada por sindicatos e apoiada pela esquerda grega juntou algumas dezenas de milhares de pessoas em frente ao parlamento da Grécia.
Dezenas de milhares de pessoas na Praça Syntagma este domingo

Com mensagens contra a austeridade e a chantagem dos credores, esta manifestação pretendeu dar um sinal ao governo grego de que a sua base não aceitará um mau acordo na cimeira desta segunda-feira e está preparada para dizer “não” a qualquer exigência de reforço da austeridade.

A manifestação contou com a presença de dirigentes do Syriza e membros do governo como Panagiotis Lafazanis, o ministro da Energia. “Lutamos pelas nossas vidas e pelo futuro dos nossos filhos. Lutamos por uma Europa de democracia e solidariedade”, afirmou o partido de Alexis Tsipras em comunicado.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro grego parte mais cedo para a cimeira europeia para ter um encontro a dois com o Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Este alto responsável da UE fez uma declaração no fim do Eurogrupo de quinta-feira que foi lida como uma tentativa de ultimato. Tusk disse que ou a Grécia aceitava a proposta generosa dos credores, ou enfrentaria o incumprimento.

No fim do encontro com o líder do Conselho, Alexis Tsipras segue para uma reunião preparatória da cimeira com Jean-Claude Juncker, Mario Draghi, Christine Lagarde e Jeroem Dijsselbloem. 

Sondagem reforça vantagem do Syriza… e popularidade de Merkel

No barómetro mensal publicado este domingo no diário Avgi, o Syriza alarga a vantagem face à Nova Democracia para 28 pontos, obtendo 47,5% das intenções de voto.

Quanto à evolução da opinião dos gregos sobre o euro, o barómetro mostra que o desgaste tem sido grande, com as opiniões negativas a passarem de 20% em fevereiro para 36% em junho. 31% dos inquiridos declaram mesmo que votariam contra o euro num referendo, embora essa opção só seja maioritária no eleitorado da Aurora Dourada e do KKE, com os eleitores dos Gregos Independentes divididos ao meio.

A opinião dos eleitores sobre o que fazer à dívida  também revela um crescimento dos que defendem o não pagamento (de 9% em janeiro para 22% em junho). O número dos que defendem o pagamento da dívida e a continuação da aplicação do memorando caiu de 13% para 7% no mesmo período. A opção de negociar para cortar na dívida continua a ser bem maioritária na sociedade, a avaliar pela opinião de dois terços dos inquiridos deste barómetro.

O resultado mais surpreendente do barómetro vai para a avaliação dos líderes internacionais, um ranking em que apenas Putin e Obama recebem nota positiva. A surpresa vem da avaliação dos gregos a Angela Merkel, cuja popularidade aumentou nos últimos meses: as opiniões negativas passaram de 82% em fevereiro para 57% em junho e as positivas de 16% para 29% no mesmo período.

O campeão das opiniões negativas continua a ser o ministro das Finanças alemão Schäuble, sem qualquer oscilação de fevereiro a junho: 81% de opiniões negativas contra 14% de opiniões positivas.


com infoGrécia.net

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