You are here

“Maior perigo para a Segurança Social é o desemprego”

No debate parlamentar desta quinta-feira, a deputada bloquista Mariana Aiveca acusou o governo de agitar o medo da insustentabilidade da Segurança Social para preparar novos cortes nas pensões e empurrar as novas gerações para o negócio dos fundos de pensões privados.
Foto Paulete Matos.

“O maior perigo para a Segurança Social é o desemprego, com a destruição de 100 mil postos de trabalho por ano nos últimos anos. Mas também a quebra salarial e a precarização que criaram um país de baixos salários e portanto de baixas contribuições”, contrapôs Mariana Aiveca à teoria do governo sobre a alegada insustentabilidade do sistema de Segurança Social.

A deputada bloquista atacou as propostas de PSD e PS para atacar as pensões presentes ou futuras dos trabalhadores portugueses: “enquanto a direita pede consensos para cortar 600 milhões nas pensões e baixar a Taxa Social Única, o PS propõe também baixar a TSU numa espécie de empréstimo forçado sobre as pensões futuras. O resultado é que os trabalhadores e os pensionistas ficarão pior, os patrões ficarão melhor e a Segurança Social ficará em risco” concluiu Mariana Aiveca.

Para o Bloco de Esquerda, o maior perigo para a Segurança Social está no desemprego, “com a destruição de 100 mil postos de trabalho por ano nos últimos anos. Mas também na quebra salarial e a precarização que criaram um país de baixos salários e portanto de baixas contribuições”.

Para o Bloco de Esquerda, o maior perigo para a Segurança Social está no desemprego, “com a destruição de 100 mil postos de trabalho por ano nos últimos anos. Mas também na quebra salarial e a precarização que criaram um país de baixos salários e portanto de baixas contribuições”.

Reconhecendo que “são necessárias alterações no financiamento da Segurança Social”, Mariana Aiveca propôs uma mudança nas contribuições patronais, nas situações em que “o capital intensivo produz mais valor do que a mão de obra intensiva”, uma vez que “o esforço concentrado apenas nos salários, tendo em conta a evolução tecnológica a que assistimos, restringe a capacidade de financiamento da Segurança Social”.

“Propomos uma taxa sobre o valor acrescentado das grandes empresas para financiamento solidário da Segurança Social”, acrescentou Mariana Aiveca, lembrando que as empresas portuguesas são das que menos participam na Segurança Social. “O Eurostat diz que as contribuições das empresas para a proteção social representavam em 2012 7.7% do PIB, enquanto em Espanha eram de 11%, em França 14%, na Grécia 10% e a média europeia era de 10,7%”, recordou a deputada do Bloco.

"Governo agita medo da insustentabilidade para preparar novos cortes nas pensões"

Termos relacionados Política
(...)