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Passos Coelho está a “pagar um favor” a Carlos Costa

A porta voz do Bloco frisou este sábado que a decisão de nomeação do novo governador "não tem a ver com uma boa regulação, é sim o Governo a pagar o favor ao homem que tem ficado com as dores que também são do Governo, as da solução para o BES". Catarina Martins qualificou ainda como uma “fantasia aberrante” as afirmações do líder do PS sobre uma possível manutenção do Governo em gestão, caso não haja maiorias claras após as legislativas.

"Passos Coelho está a pagar um favor. O governador do Banco de Portugal até agora tomou como suas as dores que eram dores do Governo e do Banco de Portugal na solução para o BES, na resolução, até nos benefícios fiscais que têm sido dados ao Novo Banco, o governador do Banco de Portugal tem assumido sozinho decisões que sabemos que também são do Governo", afirmou a dirigente bloquista sobre a possibilidade de recondução do atual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Para Catarina Martins, é "difícil dizer neste processo onde é que termina o Ministério das Finanças e onde começa do Banco de Portugal" e a decisão de nomeação do novo governador "não tem a ver com o bom funcionamento" da instituição, "não tem a ver com uma boa regulação, é sim o Governo a pagar o favor ao homem que tem ficado com as dores que também são do Governo, as da solução para o BES".

Afirmações de António Costa são “fantasia desesperada”

A porta-voz do Bloco qualificou ainda como uma “fantasia aberrante” as afirmações do líder do PS sobre uma possível manutenção do Governo em gestão, caso não haja maiorias claras após as legislativas.

"Eu julgo que essa afirmação é uma fantasia um bocadinho aberrante, não tem nenhum sentido, há um desespero de tornar estas eleições sobre o voto útil que não dizem nada de bem da democracia. Quem vem a eleições tem é de apresentar projetos, de mobilizar, e não lançar medo ou possibilidades aberrantes, porque essas não ajudam ao debate", afirmou Catarina Martins durante uma visita ao Festival Islâmico de Mértola, no distrito de Beja.

"Parece bastante desesperado dizer algo que não tem nenhum sentido para tentar forçar algum tipo de voto útil", acrescentou.

Segundo Catarina Martins, "nestas eleições estão-se a decidir, de uma forma muito importante, o futuro do país e as opções do país, é sobre elas que é preciso debater e ter decisões, afirmações mais ou menos desesperadas sobre o voto útil são aquelas que afastam as pessoas da política e o que nós precisamos são mais pessoas a participar e não menos".

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