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Generais angolanos retiram queixas contra Rafael Marques
"Qualquer solução que sirva o interesse público é sempre uma boa solução, e neste caso serve o interesse público. Não há, quer da minha parte quer da parte dos generais, intenção nenhuma de continuar com este caso, de modo que é uma solução satisfatória, quer para mim, quer para os generais, quer para o Estado angolano", disse à agência Lusa Rafael Marques, à saída da sessão do julgamento no Tribunal Provincial de Luanda.
O acordo entre o jornalista e os generais prevê que o livro – disponibilizado online aqui pela editora Tinta da China – não seja reeditado em Angola. "O livro não será mais reeditado, é um ato voluntário da minha parte, para facilitar o diálogo e para facilitar novas consultas, porque também já passaram quatro anos desde a sua publicação. Vamos continuar a monitorar a situação dos direitos humanos e espero que não haja necessidade de um novo livro", explicou Rafael Marques.
Os generais queixaram-se de não terem sido contactados pelo autor antes da publicação do livro, tendo Rafael Marques explicado que o tentou fazer através de pessoas próximas, mas sem sucesso. “Concluiu-se que se tivessem tido acesso ao pedido do Rafael, eles teriam auxiliado na aclaração de algumas coisas e na tomada de algumas medidas”, diz o advogado do jornalista, citado pela Voz da América. David Mendes conclui que este caso “inaugura um novo precedente em Angola que permite às partes chegaram a acordos sem terem de recorrer à barra dos tribunais”.
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