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Precários Inflexíveis apresentam plano de combate à precariedade e ao desemprego

A Associação Precários Inflexíveis apresentou um plano de emergência para combater a precariedade e o desemprego, flagelos que afetam 55% da população. O documento que apresenta 43 medidas, salienta que os trabalhadores precários recebem 60% do salário dos contratados sem termo.
Foto de Paulete Matos

A Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis apresentou nesta quinta-feira um plano de emergência de combate à precariedade e ao desemprego, que na íntegra está disponível aqui.

O documento considera que “a precariedade é um novo risco social”, que “o desemprego é o maior problema que o país enfrenta”e que a sociedade se confronta com um desemprego “alto, estrutural e de longa duração”.

Com base neste quadro, a associação apresenta sete eixos, onde se enquadram as 43 medidas propostas. Nos eixos propostos, o documento sugere que perante os novos riscos sociais são precisas novas respostas e aborda as situações de falsos recibos verdes, de direitos dos trabalhadores a recibo verde, o trabalho temporário, a precariedade na investigação científica, os “estágios profissionais” e a “perseguição no desemprego”.

Entre as 43 medidas, apontam-se nomeadamente o “apoio a todas as pessoas que ficaram desempregadas nos últimos quatro anos”, uma “taxação especial das empresas que utilizam o modelo da precariedade”, o fim dos PEPAC e PEPAL (programas de estágios da administração pública central e local), a redução da jornada de trabalho para as 35 horas, o “lançamento de um programa de emprego público não precário” e a garantia de proteção social a todas as pessoas desempregadas, abolindo “a lógica persecutória que atualmente impera na situação de desemprego oficial”.

À Lusa, João Camargo porta-voz da associação, declarou: "Vamos levá-lo [o documento] e pedir reuniões a todas as candidaturas às legislativas e discutiremos com outros movimentos sociais, sindicatos, na procura de uma resposta positiva, pela positiva, no reforço do trabalho, contra o desemprego e também a nível de Segurança Social".

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