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China: Polícia prende grevistas em fábrica ocupada
A fábrica New An Lun Lamp situa-se em Shenzen e é detida por capital de Taiwan. As cerca de 100 trabalhadoras não recebem as contribuições para os fundos de reforma e habitação, nem as horas extraordinárias ou os subsídios por doença, maternidade ou casamento a que têm direito por lei. As grevistas reclamam os descontos para as pensões a que têm direito e deixaram de ser pagos desde há sete ou mesmo doze anos, consoante os casos.
As trabalhadoras acusam a gestão da fábrica de aplicar regras ditatoriais, como o fecho das casa de banho durante o horário de trabalho ou fechar numa sala em regime de "solitária" quem não atinja os objetivos de produtividade. O protesto terá começado depois de uma trabalhadora sujeita a este tratamento durante um dia inteiro ter desmaiado e sido hospitalizada em seguida.
Segundo o portal Labor Notes, o protesto nesta fábrica foi sempre pacífico, com as trabalhadoras a pernoitarem ali desde 30 de abril para evitar a saída do material que fornece as marcas alemãs de bicicletas Messingschlager e Buchel ou a holandesa AXA. Os patrões enviaram alguns jagunços no dia 11 para tentar retirar o material, mas as trabalhadoras enfrentaram-nos e conseguiram evitar o roubo.
No dia 13 de maio, os patrões deram ordem de despedimento a 13 trabalhadoras (entre elas seis representantes eleitas) e a polícia entrou na fábrica, prendendo 9 pessoas. Duas delas, incluindo a representante eleita pelas trabalhadoras, ficaram detidas uma semana. Dias depois, a administração despediu sete pessoas, incluindo cinco das detidas e uma outra representante eleita.
Neste vídeo gravado por telemóvel durante a ação policial de dia 13, pode ver-se algumas trabalhadoras agarradas às pernas de responsáveis pela gestão, numa tentativa de os impedir de retirarem o material.
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