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Greve na Vitrohm contra discriminação de género

As trabalhadoras da Vitrohm Portuguesa, do grupo multinacional chinês Yageo, recebem salários inferiores aos dos seus colegas homens, apesar de realizarem trabalho igual. Em luta contra a discriminação, que chega a atingir os 500 euros por mês, e para exigirem salários iguais estiveram em greve nesta sexta-feira, 15 de Maio.
Na Vitrohm as mulheres são excluídas do acesso a profissões qualificadas, técnicas ou de chefia, sendo-lhes reservadas as tarefas de mais baixa qualificação independentemente das suas habilitações académicas ou da experiência profissional

Segundo o sindicato (SIESI), a Vitrohm é uma fábrica de resistências para equipamentos elétricos e eletrónicos, emprega 130 pessoas, das quais 80 são mulheres, quase todas adstritas à produção e classificadas de operadoras especializadas. As trabalhadoras auferem todas salários entre 600 e 680 euros, enquanto os trabalhadores homens, com as mesmas funções, chegam a auferir 1200.

A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) já confirmou a existência de discriminações em função do género e recomendou à direção da empresa que uniformizasse os salários entre mulheres e homens do mesmo grupo profissional e criasse a possibilidade de as trabalhadoras terem acesso a profissões qualificadas, técnicas e de chefia.

O Siesi refere que a CITE confirmou também que as mulheres são excluídas do acesso a profissões qualificadas, técnicas ou de chefia, sendo-lhes reservadas as tarefas de mais baixa qualificação independentemente das suas habilitações académicas ou da experiência profissional.

Segundo o sindicato, a greve contou também “com a participação de muitos trabalhadores, homens, que estão indignados com as discriminações, em função do sexo”.

A Vitrohm acumulou, nos últimos quatro anos, lucros superiores a 6 milhões de euros, mas os salários dos trabalhadores ou não foram aumentados ou tiveram atualizações até 15 euros mensais, no mesmo período.

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