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Andaluzia sem governo: à terceira não foi de vez

Pela primeira vez na história da democracia andaluza, o maior partido não conseguiu formar governo à terceira votação. A líder do PSOE na Andaluzia voltará a tentar, mas só depois das eleições municipais.
Susana Díaz não consegue maioria para governar a Andaluzia. Foto PSOE Andaluzia.

Depois da maioria dos deputados ter voltado a chumbar esta quinta-feira a investidura do governo andaluz do PSOE, liderado por Susana Díaz, o impasse continua sem fim à vista e não há nova data marcada para repetir a votação. A imprensa espanhola aponta o período a seguir às eleições municipais de 24 de maio como data mais provável da nova tentativa.

Nas três votações, todos os 62 deputados eleitos pelos partidos da oposição votaram contra e apenas os 47 deputados do PSOE apoiaram a investidura do novo governo. A lei diz que se não for possível aprovar o novo governo no parlamento num prazo de 60 dias a seguir à primeira votação, terão de ser convocadas novas eleições para depois de agosto.

Esse prazo termina a 5 de julho e Susana Díaz tem até lá para convencer os 33 deputados do PP, ou os 15 do Podemos mais os 9 dos Ciudadanos, a abster-se na votação para viabilizar a formação do seu governo. A líder do PSOE tem acusado o primeiro-ministro Rajoy, do PP de liderar o "bloco do Não", e nas reuniões com o Podemos da Andaluzia rejeitou as condições colocadas para a viabilização, que passavam pelo corte de relações financeiras com os bancos que estão a despejar pessoas das suas casas, para além da saída dos seus cargos de figuras ligadas a casos de corrupção.

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