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Greve da Carris com adesão de 80%

Os trabalhadores da Carris aderiram à greve desta quinta-feira e até às 7h30 a adesão era de 80%. O governo adiou o prazo de entrega de propostas para a concessão depois de receber milhares de questões por parte dos candidatos.
Trabalhadores da Carris marcharam entre a estação de Santo Amaro e a Assembleia da República. Foto António Cotrim/Lusa

A greve da Carris desta quinta-feira contra a concessão da empresa a privados está a contar cm grande adesão. “A greve está a decorrer com uma grande firmeza da parte dos trabalhadores. Estamos com uma adesão superior a 80%. Temos a perspectiva de que este número aumentará durante o dia”, disse Manuel Leal, da Fectrans, à agência Lusa.

Graças à definição dos serviços mínimos para 11 carreiras, a Carris conseguiu pôr a circular  151 dos 491 autocarros programados, o que representa 31% da oferta.

Os trabalhadores concentraram-se de manhã na estação de Santo Amaro, embora a administração tenha procurado impedir a entrada aos trabalhadores da empresa que prestam serviço noutras estações. “A luta dos trabalhadores irá ter continuidade contra a intenção de privatização e de criação de uma autêntica parceria público-privada”, garantiu Manuel Leal antes da saída dos trabalhadores para a marcha em direção à Assembleia da República, onde irão entregar a sua análise ao caderno de encargos.

Governo adia prazo de entrega de propostas para concessão a privados da Carris e Metro

Foi justamente por causa das questões levantadas sobre o caderno de encargos que o governo se viu forçado a adiar por tempo indeterminado o prazo de entrega de propostas, que terminava hoje.

Os candidatos à concessão da Carris e do Metro colocaram 3225  questões sobre questões técnicas previstas no documento, disse ao Diário Económico o presidente da Transportes de Lisboa, que junta Carris, Metro e Transtejo/Soflusa.

"Estamos neste momento a preparar as respostas a estas questões para poder colocá-las na plataforma digital do concurso e podermos avançar para a fase seguinte do concurso, que é a entrega das propostas vinculativas. Com este volume de questões tivemos de passar esse prazo para o final deste mês", avançou Rui Loureiro ao Diário Económico.

O governo continua apostado em tentar privatizar a exploração da Carris e do Metro antes das eleições, mas o concurso de concessão tem sido alvo de providências cautelares, nomeadamente por parte d Câmara de Lisboa e do Bloco de Esquerda.

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