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"É tempo de ajustar contas e pagar dívida do país a quem trabalha ou já trabalhou"

“A quem é que interessa, estar a discutir, um ano antes, as presidenciais, em vez de estar a discutir o desemprego, a dívida que não pára de subir ou os hospitais que estão em colapso, em vez de estar a discutir as escolhas para o país que são feitas nas legislativas?”, questionou este domingo a porta-voz do Bloco, Catarina Martins.

Estamos a fazer o balanço dos anos de austeridade e parece que há quem não queira falar do que aconteceu ao país”, avançou a dirigente bloquista durante a sessão pública “A austeridade é um roubo”, que teve lugar em Braga este domingo, e que contou ainda com a participação de Pedro Soares, membro da Comissão Permanente do Bloco de Esquerda.

“Bem sabemos que quem tem Cavaco Silva na presidência da República já percebeu que a questão das presidenciais é muito importante, porque ter um mau presidente é péssimo para o país, mas entenda-mo-nos: a quem é que interessa, um ano antes das presidenciais, estar a discutir as presidenciais em vez de estar a discutir o desemprego, a dívida que não pára de subir ou os hospitais que estão em colapso, em vez de estar a escolher as escolhas para o país que são feitas nas legislativas, bem antes das presidenciais?”, questionou Catarina Martins.

"Precisamos de ajustar contas"

Segundo a porta voz do Bloco, é preciso ajustar contas e perceber como é que o país ficou depois de tantos anos de austeridade: a dívida pública subiu como nunca - estava em 90% do PIB agora está em 130% -; os setores que perderam mais importância na riqueza do país foram a Agricultura e Indústria e o que mais ganhou foi a Finança.

Lembrando que “as empresas do PSI20 distribuíram lucros como nunca”, a dirigente bloquista referiu que “o dinheiro não desapareceu, foi mal distribuído”, sendo que ao mesmo tempo que os impostos sobre quem trabalha subiram 30%, os impostos sobre o capital desceram duas vezes e Pedro Passos Coelho já prometeu nova descida do IRC e veio anunciar que quer cortar mais nos custos do trabalho.

“A austeridade tem sido um roubo”, frisou Catarina Martins, defendendo que “é preciso dar nome às coisas, ter coragem de o fazer”.

“Não estamos em tempo de querer mentiras novas. Estamos em tempo de chamar o nome certo às coisas”, reforçou.

Lembrando que a alternância dos últimos anos entre PSD/CDS-PP e PS representa sempre menos salário, mais privatizações, mais desregulação do trabalho, a porta voz do Bloco afirmou que é preciso “acabar com o roubo para reconstruir o país”.

“É preciso “respeitar quem trabalha, ajustar contas, acabar com o privilégio à finança e ter salários dignos, acabar com o desmando das parcerias público privadas e ter investimento que crie emprego, acabar com as rendas aos grupos privados da saúde à educação, a todas as áreas em que crescem, para termos uma escola e uma saúde que dê oportunidades iguais a todos”, avançou.

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