You are here

Trabalhadores da Efacec: “Se for preciso vamos acampar aqui à porta”

Os trabalhadores da Efacec, localizada em Leça do Balio, Matosinhos, voltaram a manifestar-se esta segunda-feira à porta da empresa para reivindicar aumentos salariais. Comissão de Trabalhadores admite novas formas de luta caso a administração não atenda às exigências.
Porta-voz da empresa diz que "não pode haver aumentos salariais iguais para todos”.

"Se for preciso vamos acampar aqui à porta. Estamos a ponderar todas as formas de luta cá dentro. Se for preciso vamos chegar ao extremo de vir aqui com os nossos filhos e vamos acampar aqui, vamos comer aqui, vamos fazer tudo aqui, à porta, já que não podemos ir lá para dentro fazer isso", afirmou o representante da Comissão de Trabalhadores.

Fernando Leitão reiterou que o que está em causa são aumentos salariais de 30 euros nos vencimentos mensais de outubro de 2014 a abril de 2015 e de 50 euros a partir de abril.

"A empresa conseguiu dar aos jovens quadros engenheiros, com medo que eles fossem embora, 200 euros. Nós pedimos 50 euros a partir de abril de 2015. Os aumentos são sempre para os mesmos, é para os jovens engenheiros, é para os engenheiros, é para os diretores e para administradores. Para os trabalhadores que são o pilar desta empresa é sempre zero, ou é zero ou é umas migalhinhas que eles chamam aumentos", disse.

Ana Cristina Lança, porta-voz da empresa de componentes elétricos, considerou "totalmente incompreensível" o protesto dos trabalhadores por considerar que "não pode haver aumentos salariais iguais para todos”.

Os protestos dos trabalhadores iniciaram-se em fevereiro e deverão prolongar-se até maio, uma semana por mês, durante várias horas, em dias alternados.

O representante dos trabalhadores, Fernando Leitão, disse que desde o início dos protestos já reuniram com a administração, mas o resultado foi "mais do mesmo".

"O que eles apelam muito é à paz social, e nós qualquer dia vamos andar todos com umas bandeirinhas brancas e pombinhas brancas, vamos alimentá-las com as poucas migalhas que eles nos dão e depois vamos fazer compras com essas pombinhas e com essas bandeiras. Não há compromissos nenhuns porque eles batem o pé sempre que nós pedimos alguma coisa para nós", acrescentou.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Sociedade
(...)