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Juncker anuncia 2.000 milhões para combater crise humanitária da Grécia

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou esta sexta-feira uma ajuda imediata de 2.000 milhões de euros à Grécia, destinada a projetos urgentes que ajudem a minimizar a crise humanitária que o país vive.
“A Grécia tem um problema social sério, uma crise humanitária e precisa de dinheiro do orçamento europeu”, justificou. O dinheiro virá de fundos estruturais comunitários que não foram usados e que vão ser postos à disposição imediata de Atenas.
O anúncio ocorre após a reunião que decorreu madrugada dentro e em que participaram Juncker e Alexis Tsipras, junto com os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, do Banco Central Europeu, Mario Draghi e do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, bem como com dois chefes de Estado: a alemã Angela Merkel e o francês François Hollande.
Nova lista de reformas
No final dessa reunião, Merkel e Hollande voltaram a pressionar o governo grego para apresentar uma lista de reformas que inclua cortes orçamentais ou aumentos de arrecadação fiscal, sem os quais não será libertada a última tranche de dinheiro correspondente ao segundo resgate da Grécia. A chanceler Angela Merkel disse que não importava qual a parte de cortes e qual a de aumento de impostos, desde que no final a soma fosse certa. Já Hollande afirmou que “o primeiro-ministro grego prometeu-me que apresentaria a lista de reformas o mais depressa possível”.
Por sua vez, Alexis Tsipras observou que a ajuda anunciada por Juncker “é um bom sinal”, até porque “foi reconhecido que há uma crise humanitária no nosso país e que tem de haver um esforço comum para debelá-la – porque não surgiu como o resultado de uma catástrofe natural”.
O primeiro-ministro grego sublinhou que a chamada quinta revisão [do resgate] deixou de existir e que as autoridades gregas vão assumir a responsabilidade de elaborar e implementar a lista de reformas. “As medidas de recessão acabaram”, assegurou.
“Não há um problema de liquidez”
Tsipras pediu ainda calma ao povo grego e afirmou que “não nos deixaremos dominar pela atmosfera de insegurança”, advertindo que os que querem brincar com a estabilidade da economia grega e do sistema financeiro do país fá-lo-ão em vão.
O chefe do governo de Atenas garantiu ainda que não há um problema de liquidez a curto prazo na economia grega.
Ainda assim, o clima de tensão que pairava sobre a reunião na noite de quinta-feira não foi debelado, apesar do otimismo exibido por Tsipras. “Uma saída desordenada da Grécia do euro continua a ser uma grande ameaça à estabilidade económica da Europa”, advertiu o primeiro-ministro britânico David Cameron.
Comments
Credibilidade
Não e' possível a qualquer movimento ou partido de esquerda afirmar-se e crescer sem a aderência diária a um discurso de verdade e respeito pelo cidadão. O PT no Brasil , o Chavismo na Venezuela ou o Fidelismo em Cuba não são esquerda. São ditaduras populistas acentes em sistemas extativos .
Tsipras e o Siryza não podem enveredar como estão a fazer pela via populista. Afirmacoes para a comunicação social leia-se para os cidadaos como a de Alex Tsipras hoje em Bruxelas : " Não ha um problema de liquidez" depois de passar todo o tempo da reunião a tentar convencer os outros governos e o BCE para lhe emprestarem o dinheiro que precisa para chegar a fim de Abril , e' o oposto daquilo que se espera de um partidos de esquerda: respeito pelos cidadaos. Quem e' que vai continuar a acreditar ?
Assim pensa-se dar um passo para a frente quando de facto se dao 2 para trás.
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