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NYT: O Podemos e Iglesias “estão a sacudir radicalmente o poder político instalado em Espanha”

Pablo Iglesias foi capa da edição internacional do New York Times desta quarta-feira. No artigo, é citado o líder do Podemos, que afirma que "não queremos mais chefes de governo que obedecem e não negociam".

“Prometeu reestruturar a dívida. Afirmou que é hora de mudar as leis 'que permitem que os ricos continuem a roubar-nos'. Frisou que Bruxelas 'não nos pode ameaçar' e que 'não queremos mais chefes de governo que obedecem e não negociam'”, lê-se no início do artigo assinado por Raphael Minder.

Soa familiar, mas não é a Grécia, é Espanha. Pablo Iglesias e o Podemos estão a sacudir radicalmente o poder político instalado em Espanha, espelhando a ascensão do Syriza”, avança ainda o correspondente do New York Times International.

Colocando em dúvida a possibilidade de o Podemos chegar brevemente ao poder, Raphael Minder cita as declarações de Iglesias durante uma entrevista recente na sede do partido: "Eu nunca pensei que poderia tornar-me presidente do governo, mas creio que agora estamos numa situação em que isso poderia acontecer".

Distanciando-se de partidos como a Frente Nacional em França, o líder da formação política espanhola referiu que “fazemos, talvez, todos parte de uma situação geral de insatisfação com a política da Europa, mas a grande diferença é que nós somos democráticos, pró-europeu e claramente não racistas".

"As forças políticas como o Podemos e o Syriza apresentam as últimas oportunidades para convencer os cidadãos de que algo de positivo ainda pode ser alcançado dentro de um projeto da União Europeia", acrescentou.

Sobre a situação espanhola, Pablo Iglesias defendeu que o governo espanhol só beneficia "a velha elite privilegiada" e frisou que, “em termos económicos, o PSOE e o PP estão de acordo” e partilham a vergonha de permitir que se tenham alcançado níveis de corrupção escandalosos”.

Iglesias afirmou ainda que a formação política que lidera “não é sectária e que a sua mão está estendida para todos aqueles que queiram mudar” e que “reconheçam que o que têm feito até agora não resulta”.

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