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Bloco quer esclarecimentos de Passos até quarta-feira
A porta-voz do Bloco de Esquerda defendeu que Passos Coelho não tem condições para se manter no cargo caso não consiga esclarecer as dúvidas que persistem sobre as suas contribuições ao fisco e à Segurança Social. A edição deste sábado do semanário Expresso revela que Passos tem conhecimento de que deixou agora por liquidar 26 meses de contribuições à Segurança Social, dos 58 meses em que não fez descontos na devida altura. "Ou seja, há 26 meses de calote na Segurança Social ainda", resumiu Catarina Martins, sublinhando que a conduta do primeiro-ministro levou a uma situação em que está "em causa o regime e a democracia”.
Para Catarina Martins, que participou num almoço com apoiantes do Bloco em Olhão, este assunto "já se arrasta há tempo demais" e "há tempo demais que o primeiro-ministro dá explicações que nada explicam e que só contribuem para insultar o país”. "E portanto é bom que o senhor primeiro-ministro o faça e o faça antes de quarta-feira, quando há debate quinzenal na Assembleia da República. Porque não pode um primeiro-ministro que está sob suspeita de não respeitar as mais básicas obrigações como cidadão, estar a responder ao parlamento enquanto primeiro-ministro, sem ter explicado exatamente tudo o que fez e tudo o que pagou", afirmou a porta-voz do Bloco, citada pela agência Lusa.
Referindo-se às declarações de Cavaco Silva, que comentou o caso dizendo que não se intromete na "luta político-partidária, a porta-voz do Bloco afirmou-se “profundamente chocada com o facto do Presidente da República não perceber a importância das contribuições para a Segurança Social. O Presidente da República abdicou de receber salário para continuar a receber a sua pensão da Segurança Social”, lembrou Catarina Martins.
Catarina Martins lembrou que o Governo teve desde o início do mandato um discurso moralista sobre os portugueses" e os fez serem "fiscais uns dos outros", levando inclusive à penhora das casas onde vivem por dívidas ao fisco. E anunciou que o Bloco irá propor na Assembleia da República o fim dessas penhoras, porque “não há nada que justifique que alguém fique sem teto para morar”.
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O Sr. primeiro-ministro
O Sr. primeiro-ministro durante anos foi remunerado, não sabemos por quem, mas pagaram-lhe pelo seu trabalho, durante esse período, por vezes, não pagou os impostos devidos por falta de dinheiro, assim sendo, podemos concluir que ele tem vivido acima das suas possibilidades, pois gastou o dinheiro do seu ordenado, portanto, a si destinado e o que se destinava aos impostos (IRS e SS). Agora começo a ver quem é que vivia acima das suas possibilidades.
A desculpa de não ter dinheiro está a tornar-se um hábito dos nossos primeiro-ministros, pois José Sócrates anterior primeiro-ministro também teve de pedir para poder sobreviver, este não precisou pedir usou o que não era dele. Desculpas esfarrapadas.
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