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Bombeiros sem combustível para prestar socorro em Constância

“Estamos a atravessar graves dificuldades financeiras e desde quinta-feira, dia 19 de fevereiro, que temos 23 ambulâncias para transporte de doentes paradas por não haver dinheiro para gasóleo”, disse à agência Lusa neste sábado o comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância, Adelino Gomes.
Adelino Gomes diz que a corporação, com 110 bombeiros, tem os "ordenados e as obrigações para com o Estado em dia", mas "apenas cinco viaturas ainda têm algum combustível para a prestação de socorro".
Segundo o comandante dos bombeiros de Constância, o problema são as “dívidas acumuladas do CHMT” - que integra os hospitais distritais de Abrantes, Tomar e Torres Novas -, "por serviços já prestados, desde setembro de 2014, mas ainda não pagos, e que ascendem aos 200 mil euros".
"Já deixámos de prestar os serviços requisitados pelo centro hospitalar, que constituem cerca de 80 por cento dos trabalhos prestados pelas nossas ambulâncias, mas até quarta-feira, dia 25 de fevereiro, se os pagamentos não forem efetuados, vamos ter de parar toda a prestação de socorro, por estrangulamento financeiro e por falta de combustível, peças e manutenção de viaturas", sublinhou Adelino Gomes.
A administração do CHMT disse à Lusa que os pagamentos estão em dia e que "no final de 2014, foram pagas à Federação dos Bombeiros todas as faturas conferidas até à data".
Porém, o vice-presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Santarém, José Viegas, desmente a versão da administração de CHMT.
José Viegas disse à Lusa que "o último pagamento efetuado pelo CHMT foi em agosto de 2014" e acrescentou: "Temos insistido com o CHMT para repor o estipulado, que é o pagamento a 90 dias, mas desde agosto do ano passado que nada foi pago".
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