Os presidentes de agora, deste século XXI, também são eleitos com qualquer idade. Tu, Donald, tens a idade mental de D. Sebastião quando se tornou rei. Bolsonaro é o teu irmão mais novo.
Ontem ouviu-se um não, dito pelo jogador [Marega] alvo dos ultrajes. Dizer não. Parece coisa pouca. Mas não é. Dizer não permite-nos mostrar aos outros que existimos e estamos vivos. Um não vale mais que mil acrobacias diplomáticas. Não!
Uma justiça que se mantém olimpicamente à margem deste gravíssimo rasgão que ensombra a sociedade portuguesa, a violência doméstica, não é justiça. E se não é justiça, é injustiça. Tem de se lhe pôr cobro.
Com aquela tepidez acanalhada que os sonsos sempre põem nos gestos contidos, Moro sacou da caneta e assinou novo mandado de captura. Prenda-se Montesquieu.
Levou anos a preparar, domingo após domingo. Disse o que queria e o que lhe disseram para dizer. Não foi apenas um projecto pessoal que ali se teceu. Foi obreiro de encomendas várias.
Os governos da direita são proverbialmente sítios de compadrio e traição. De infinitas solidariedades e de tiros certeiros pelas costas, que é sempre uma forma muito digna de acabar uma amizade.