Alexandra Manes

Alexandra Manes

Deputada do Bloco de Esquerda na Assembleia Regional dos Açores. Licenciada em Educação. Ativista pelos Direitos dos Animais. Coordenadora do Bloco da Ilha Terceira

O governo de coligação dos Açores é composto por três partidos que num passado recente atacavam violentamente o PS por distribuir cargos por familiares dos governantes, mas ao fim de dois anos no poder já se esqueceram de todas estas críticas e agora têm exatamente o mesmo tipo de conduta.

Há que assegurar o reforço de um conjunto de investimentos no nosso sistema educativo: assistentes operacionais, docentes, técnicos especializados, equipamentos, infraestruturas. O sucessivo encerramento de escolas ilustra bem o que não pode continuar a acontecer.

Angra do Heroísmo é cidade património mundial da UNESCO desde 7 de dezembro de 1983, o que significa que este será o quadragésimo ano desde que recebeu essa distinção. Angra está em risco de perder a classificação que a distingue no panorama nacional.

Qual a razão para tanto silêncio em torno do número das pessoas que se encontram numa situação de precariedade e cujo patrão é o Governo Regional?O que acontecerá a estas pessoas? Espera-as o desemprego?

Perante os resultados da auditoria às contas da autarquia, a presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória optou pelo caminho mais fácil: apresentar um orçamento de fraco investimento, despedimentos de trabalhadores e trabalhadoras e aumento de impostos.

A decisão consciente de cada pessoa no final da sua vida é que tem de persistir. Não banalizemos a dor e o sofrimento. A liberdade de viver deve incluir a liberdade a poder pôr fim à vida com dignidade.

Recordo-me do dia em que José Manuel Bolieiro afirmou que a nossa região é uma zona segura, sem uma taxa elevada de crimes graves. No entanto, essa afirmação não corresponde à verdade e, só por si, exemplifica a forma como, ainda, é perspetivada a violência doméstica, na nossa sociedade.

Romantizar o dia-a-dia nas Flores é fácil. Difícil mesmo é gerir a vida onde tudo tarda em chegar. Não vejo em nenhum dos partidos, que sustentam este governo, uma real preocupação com as e os residentes nas Flores.

A democracia constrói-se todos os dias e deve assentar numa sociedade forte e organizada, que pressione a redistribuição de poder e recurso, de forma igual entre mulheres e homens e não como a política liberal concebe.

Um dos maiores problemas com que a linguagem inclusiva se depara é com o modelo patriarcal e machista da sociedade que modela os idiomas.