Alexandra Manes

Alexandra Manes

Deputada do Bloco de Esquerda na Assembleia Regional dos Açores. Licenciada em Educação. Ativista pelos Direitos dos Animais. Coordenadora do Bloco da Ilha Terceira

Após a inauguração, com pompa e circunstância, de um parque de estacionamento, pergunto: Onde estão obras e/ou projetos determinantes para a estratégia de desenvolvimento da Terceira e consequentemente para a região?

Os Açores não foram, nem são, exemplo do bem-estar e respeito animal. Foram décadas de falta de trabalho numa área que, para além de cívica, é também uma questão de saúde pública. Muito tempo de incumprimento por parte das autarquias e de negligência na sua fiscalização.

Ao longo destes anos, o Bloco de Esquerda defendeu a implementação de um Centro de Investigação nos Açores, na cidade da Horta que, embora inscrito em Orçamento de Estado, nunca viu a “luz do dia”.

Esteve mal, muito mal, a FPF quando pretendeu impor uma medida, sobretudo, violadora dos direitos humanos protegidos ao nível nacional e internacional. O Bloco de Esquerda tem alertado, frequentemente, para uma situação semelhante no desporto açoriano.

A história recente da privatização dos CTT é a história de uma privatização errada, levada a cabo pelo último governo PSD/CDS, concluída em 2014, que levou à alteração na resposta de serviço postal para pior. Bem pior.

Se querem que “All Live Matters” não se esqueçam de que o racismo mata; que a violência doméstica mata; e que está nas mãos de todos e todas nós travarmos uma batalha contra isso.

Durante anos, o governo e as autarquias na lógica dos programas ocupacionais, andaram a servir-se de mão de obra barata nas escolas, hospitais, centros de saúde entre outros – trabalhadores/as sem direitos. Mais uma vez, volta o governo a estes procedimentos indignos.

Tenho os mesmos anos que tem a liberdade, em Portugal. Sou filha da liberdade! Nasci em novembro e cresci fascinada pelos valores de abril. E jurei, a mim própria, que continuaria a defendê-los. Cresci sem consentir a imposição de barreiras por ser mulher!

Ao longo dos últimos anos, em sede de Plano e Orçamento, o BE tem apresentado a proposta para o fim das taxas moderadoras. E como é hábito, a maioria do PS – força que sustenta o Governo Regional - sempre a rejeitou.

A violência doméstica é o resultado de uma sociedade desajustada, com raízes profundas numa cultura patriarcal que ainda predomina, quer seja num estado ativo ou latente. Infelizmente, os Açores registam a mais elevada taxa de incidência, com 3,9%.