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Canil do Porto: não param os maus tratos, o protesto volta à rua

Na tarde de 17 de janeiro concentraram-se cerca de 200 pessoas em frente ao canil municipal do Porto em protesto contra as más condições que apresenta para albergar os animais. Artigo de Paula Sequeiros.
Concentração em frente ao Canil Municipal do Porto este sábado.

A necessidade de parar com a política de abates, de promover e de facilitar as adoções e as esterilizações foram os principais motivos para que duas cidadãs, Sandra Silva e Fátima Cerqueira, tenham convocado a população para esta ação. De novo compareceram diversas associações pelos direitos dos animais e ativistas do Bloco de Esquerda e do PAN, incluindo a representante do BE na Assembleia Municipal Ada Pereira da Silva.

Já em 24 de novembro de 2013 aquelas cidadãs tinham promovido no Porto um Cordão Humano pela Adoção e Esterilização. Ao final de dois anos o novo executivo da Câmara do Porto não apresentou ainda uma resolução, nem tem havido diálogo satisfatório, no dizer de Sandra Silva, sobre planos efetivos para resolver a situação.

Rui Moreira avançou a alguns ativistas, durante a campanha eleitoral, a sua intenção de construir um novo canil, mas tal não se refletiu no orçamento que fez aprovar para 2014, conforme no Esquerda se escreveu. Relembrando, o seu manifesto eleitoral (ponto Direitos dos Animais) afirmava que a “esterilização dos animais será efetuada no canil” e “a adoção no canil será incentivada através de um site e todos os animais serão previamente esterilizados”.

A campanha E se virássemos o Porto ao contrário? propôs a requalificação do Canil (pontos 97 e 98), convertendo-o de canil de abate “num centro de bem-estar e proteção de animais de rua”, como tem sustentado na Assembleia Municipal.

Sabendo-se que o atual edifício vai ser desafetado do canil, dado a Câmara estar a alienar bens de imobiliário, várias pessoas presentes na manifestação, recebidas anteriormente em audiências pela CMP, mostravam-se surpreendidas pelo alegado desconhecimento das condições de degradação da parte dos vários responsáveis camarários com quem dialogaram.
E, acima de tudo, mostravam o seu descontentamento pelo arrastar duma decisão que, tardando e com contornos desconhecidos do público, está a saldar-se em mais sofrimento e desrespeito pelos direitos dos animais por quem assumiu o compromisso de os albergar, tratar e preferencialmente encaminhar para adoção, evitando o abate.

Entre quem protestava ouviu-se também a vontade de continuar em protesto até que uma solução satisfatória seja comunicada à cidade e implementada.

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