A aplicação em dívida da Rioforte que deixou um buraco de 900 milhões nas contas da Portugal Telecom foi feita em fevereiro de 2014 e renovada em abril, quando a situação financeira frágil do Grupo Espírito Santo era tema de notícias na imprensa. A auditoria às relações entre a PT e o GES foi pedida pela nova administração à PricewaterhouseCoopers (PwC) e segundo o semanário Expresso “tem revelações escaldantes e que comprometem fortemente a administração de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro”.
Mas nem a auditora nem a empresa que encomendou a auditoria à sua gestão desde 2001 entregaram o relatório à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, apesar da insistência do regulador desde setembro. Terá sido esse o motivo das buscas desta terça-feira nas sedes da PT e da PwC, garante o jornal Público.
As buscas aconteceram no dia em que a Comissão de Inquérito ao BES inquiriu o ex-presidente executivo da Rioforte. Questionado sobre o polémico investimento, João Rodrigues Pena não teve dúvidas em garantir aos deputados que a administração da PT tinha a obrigação de saber as consequências da sua decisão.
Em nota divulgada no seu site, a Procuradoria-Geral da República diz que na base do inquérito que levou a estas buscas “estão em causa suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada, investigando-se aplicações financeiras realizadas pela empresa”.
As buscas aconteceram no dia em que a Comissão de Inquérito ao BES inquiriu o ex-presidente executivo da Rioforte. Questionado sobre o polémico investimento, João Rodrigues Pena não teve dúvidas em garantir aos deputados que a administração da PT tinha a obrigação de saber as consequências da sua decisão.
“A PT é um investidor qualificado. Tem, como qualquer investidor qualificado, plena consciência das decisões que toma, tanto mais da dimensão e da natureza da decisão que tomou aqui”, afirmou o e-presidente da Rioforte, citado pela agência Lusa. Para mais, acrescentou, “existiu renovação em abril das linhas de financiamento da PT tomadas em fevereiro. Se não fosse uma situação de mínimo conforto, essa situação não teria existido”, considerou o CEO.