“Luta contra despedimentos na Função Pública é essencial para proteger o Estado Social”

06 de January 2015 - 20:15

Após um encontro com a CGTP, Catarina Martins frisou que os 700 trabalhadores da Segurança Social são os primeiros de 12.500 funcionários públicos que o Governo pretende despedir este ano.

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Foto de Paulete Matos (recortada).

Segundo a porta voz do Bloco de Esquerda, a reunião com a intersindical “teve lugar num momento particularmente importante, face ao despedimento coletivo que está a ser promovido na Segurança Social”.

Durante o encontro, Catarina Martins transmitiu a preocupação dos bloquistas no que concerne ao futuro dos trabalhadores mas também ao facto de este despedimento coletivo se traduzir no desmantelamento da Segurança Social.

Para a dirigente bloquista, esta situação “é emblemática sobre o que se está a passar no país”, com a redução, nos últimos três anos, de 80 mil funcionários públicos, o dobro do previsto pela troika.

Os 700 trabalhadores da Segurança Social são os primeiros de 12.500 funcionários públicos que o Governo pretende despedir este ano, alertou Catarina Martins, frisando que, ao encolher a Função Pública, o executivo está a promover a falência dos serviços públicos.

“Quem vive em Portugal hoje, quem sabe como as escolas estão debilitadas, quem receia que atendimento terá no serviço nacional de saúde, quem hoje precisa da Segurança Social percebe que a luta contra este despedimento é uma luta essencial para proteger o Estado Social em Portugal, para proteger o país, para proteger a resposta dos serviços públicos de que todas e todos precisamos”, salientou a porta voz do Bloco.

Lembrando que “a requalificação proposta pelo ministro Mota Soares parte de falsos pressupostos, já que as pessoas abrangidas têm funções atribuídas e são necessárias para os serviços” e que são necessários mais trabalhadores nos serviços públicos, Catarina Martins apelou à solidariedade de todas e todos contra este despedimento.

Por seu lado, o secretário-geral da CGTP sublinhou a "necessidade de se combater a degradação da qualidade do emprego" e de "valorizar as profissões e os trabalhadores" para sustentar uma "Segurança Social pública, universal e solidária".

"Ao que assistimos é que o desemprego não baixa mas, pior do que isso, continua a aumentar e a deixar um conjunto muito vasto de pessoas sem qualquer proteção social", acrescentou Arménio Carlos.