Pablo Iglesias: Merkel é “inimiga da democracia”

06 de January 2015 - 18:10

O dirigente do Podemos acusou a chanceler alemã de criar um "cenário apocalíptico" para gerar "medo" entre os gregos e defendeu que só existem dois candidatos na Grécia: Alexis Tsipras e Angela Merkel.

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Foto de Paulete Matos.

“É claro que existem pessoas que têm medo da democracia, que têm medo de assumir que quando algo não funciona é possível mudá-lo”, afirmou Pablo Iglesias, referindo-se ao artigo do Der Spiegel, que avança que Merkel considera “inevitável” uma saída da Grécia do euro se as eleições antecipadas de 25 de janeiro derem a vitória ao Syriza.

“Não tem de vir nenhum alemão, nenhum fundo de investimento, nenhum banco estrangeiro dizer aos espanhóis, aos gregos, aos portugueses e aos irlandeses em quem temos de votar”, destacou o secretário geral do Podemos.

Acusando a chanceler alemã Angela Merkel de criar um “cenário apocalíptico" para gerar "medo" entre os gregos, Pablo Iglesias assegurou que o líder da esquerda radical grega, Alexis Tsipras, não quer que o seu país saia da moeda única e defendeu que “quem tenta ameaçar desde fora só tem um qualificativo: inimigo da democracia”.

Para o professor universitário, só existem dois candidatos na Grécia: Alexis Tsipras e Angela Merkel, que se apresenta “através de formações como a Nova Democracia e o Pasok”.

Em democracia "não valem as ameaças" e só servem as propostas, advogou Iglesias, recusando as "medidas de austeridade" que já provaram o seu falhanço e traduziram-se no empobrecimento dos países onde foram aplicadas.