O memorando de entendimento firmado em maio de 2011 com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE) previa uma redução média de 2% do número de funcionários públicos.
Entre 2011 e 2012, a quebra ascendeu, no entanto, a 3,9%. Já no ano seguinte, o Estado perdeu 3,7% dos seus funcionários. Segundo a Síntese Estatística do Emprego Público, entre janeiro e setembro de 2014, a diminuição atingiu os 4%.
Em três anos, a Administração Pública perdeu, no total, 79 898 trabalhadores, o equivalente a 11%.
Ao mesmo tempo, e em detrimento da qualidade dos serviços públicos e dos interesses dos cidadãos, o executivo PSD/CDS-PP promoveu a precarização das relações laborais, contratando dezenas de milhares de trabalhadores a falsos recibos verdes e recorrendo aos Contratos de Emprego-Inserção, através dos quais 70 mil desempregadas e desempregados estão a ser obrigados a trabalhar sem salário.
No relatório da primeira avaliação do suposto “pós-troika”, a CE já deixou claro que espera que o Governo de direita promova o despedimento de mais 12 mil pessoas em 2015.