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Tsipras acusa Samaras de semear o medo na cidadania
No comício do Syriza realizado nesta segunda-feira, 29 de dezembro de 2014, num cinema no centro histórico de Atenas, Alexis Tsipras acusou o atual primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, de lançar uma campanha do medo e afirmou que esta campanha funcionou nas eleições de 2012 mas não funcionará desta vez, porque, segundo ele, o povo sabe que o culpado da sua miséria é o atual governo e não o Syriza.
Segundo a agência Efe, o líder do Syriza acusou o governo de tentar semear o medo entre a cidadania apresentando um exercício democrático como são as eleições “como uma anomalia”, “ou a vontade popular, como instabilidade”, procurando com isso “minar a imagem internacional do país” e “assustar os depositantes”.
Tsipras assegurou que um governo dirigido pelo Syriza garantirá os depósitos bancários gregos “em cooperação com os parceiros europeus e o Banco Central Europeu”, com os quais negociará.
O líder do Syriza disse que “2014 não é 2012, porque os bancos sistémicos passaram os testes de stress, a consolidação da banca progrediu e os quatro bancos [gregos] sistémicos fazem parte do sistema bancário europeu” e afirmou que “o equilíbrio do sistema bancário europeu é uma questão que diz respeito a todos”.
Tsipras disse também que “em contraste com 2012, países como a França e a Itália renunciaram unilateralmente a normas de austeridade e disciplina fiscal e as políticas de austeridade estão a fazer mossa até na Alemanha”, considerando que estes fatores melhoram a capacidade de negociação do futuro governo.
Alexis Tsipras sublinhou ainda que as negociações com os credores serão difíceis e apelou a que o Syriza consiga obter uma ampla maioria no parlamento grego, que evite que o futuro governo fique “com as mãos atadas na hora de negociar com os parceiros [europeus]”.
O líder do Syriza disse também que o governo de Samaras tinha prometido reduções de impostos e melhorias de rendimentos, mas fez exatamente o contrário, denunciando ainda os cortes, novos despedimentos e uma subida do IVA, que o governo de Samaras se comprometeu com a troika a fazer até fevereiro, antes do fecho do prolongamento do resgate.
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