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Perto de 12% do rendimento das famílias serve para pagar impostos

Desde pelo menos 1999, altura em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) passou a ter registo destes dados, nunca o peso dos impostos foi tão elevado. IVA e IRS representam a maior fatia dos mais de 33.500 milhões de euros arrecadados em impostos. Receita proveniente do IRC diminuiu 5%.
Foto de Paulete Matos.

Entre julho e setembro deste ano, o peso dos impostos alcançou um novo máximo. No terceiro trimestre de 2014, 11,6% do rendimento disponível das famílias serviu para pagar impostos.

Nos primeiros 11 meses do ano, a receita fiscal já ascendia a 33.551,7 milhões de euros, o que traduz um aumento de 6,2% face ao período homólogo.

O valor arrecadado com a cobrança de IVA, de 12.908,6 milhões de euros, mais 841,7 milhões de euros (7%) face a novembro de 2013, e que equivale a 38% do total da receita fiscal, representa a maior fatia.

A receita proveniente do IRS, de 11.572,8 milhões, mais 9% do que o amealhado no mesmo imposto em idêntico período do ano passado, aparece como o segundo imposto que mais verbas gerou.

Entre janeiro e outubro, o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), o Imposto sobre o Tabaco (IT) e o Imposto do Selo também subiram 33,7%, 12,7% e 7,7%, respetivamente.

Já a receita proveniente do IRC fixou-se, em outubro, nos 3.615,4 milhões de euros, registando uma diminuição de 5% face aos onze primeiros meses do ano passado.

Segundo avança o jornal i, apenas 41% das verbas provenientes do aumento da carga fiscal têm servido para conter o défice do país, na medida em que os remanescentes 58,5% de aumento da receita com impostos são utilizados para minorar o peso da despesa.

Na fatura paga pelos contribuintes pesam cada vez mais os encargos com juros para instituições financeiras e para a troika.

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