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Ciberataque à Sony agudiza tensão entre EUA e Coreia do Norte

Após o FBI ter responsabilizado Pyongyang pelo ataque, Barack Obama garantiu que irá “responder proporcionalmente”. A Coreia do Norte nega, por sua vez, qualquer envolvimento e frisa que os EUA irão “enfrentar sérias consequências” caso rejeitem a proposta de uma investigação conjunta e insistam “no que chamaram de contra medidas”.

Esta sexta-feira, o FBI apontou o governo da Coreia do Norte como responsável pelo ataque cibernético contra o estúdio cinematográfico Sony Pictures, que teve lugar a 24 de novembro, e durante o qual foram roubados dados pessoais de todos os funcionários da empresa, bem como o conteúdo de diversos correios eletrónicos e cinco películas.

O anúncio surgiu após um grupo denominado "Guardians of Peace" (Guardiões da Paz) ter assumido a autoria do ataque e ter emitido um comunicado no qual afirma que semeará o terror nos cinemas caso a comédia "The Interview", que versa sobre um plano norte americano para acabar com a vida do líder norte coreano, Kim Jong-un, e que é classificada por Pyongyang como um "ato de guerra", venha a ser exibida.

"Causaram muitos danos e vamos responder proporcionalmente no lugar e no momento que entendermos”, avançou o presidente norte americano, criticando ainda a Sony por ter cometido um erro ao retirar de circulação “The Interview”.

“Sim, creio que cometeram um erro. Não podemos ter uma sociedade na qual um ditador de qualquer parte pode impor a censura aqui nos Estados Unidos”, frisou Obama.

A Sony garantiu, contudo, que “não cedeu” e anunciou que começou “imediatamente à procura de vias alternativas para difundir o filme em plataformas diferentes”. “Esperamos que todos os que desejam ver o filme tenham oportunidade de o fazer", frisou.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte veio negar qualquer responsabilidade no caso, afirmando tratar-se de uma “calúnia”.

"Os EUA devem ter presente que vão enfrentar sérias consequências no caso de rejeitarem a nossa proposta de uma investigação conjunta e se insistirem no que chamaram de contra medidas" ameaçou um porta-voz deste ministério, citado pela agência Associated Press.

“Temos uma forma de provar que nada temos a ver com o caso e sem recorrer a tortura, como faz a CIA”, ironizou o representante do governo norte coreano.

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