You are here

Direita grega sofre primeira derrota na escolha do presidente

"A democracia não cede à chantagem", afirmou Alexis Tsipras após os partidos do Governo terem falhado a primeira tentativa para eleger o presidente grego no parlamento.
Stavros Dimas dificilmente será chefe de Estado da Grécia. Foto Greenweek/Flickr

Esta quarta-feira realizou-se a primeira de três votações no parlamento grego para escolher o presidente da República. O candidato apresentado pelo Governo, Stavros Dimas, é dirigente da Nova Democracia e o único a apresentar-se ao escrutínio dos deputados. Mesmo assim, as hipóteses de ser eleito parecem escassas.

Para ser eleito, Dimas precisava do voto de 200 deputados do parlamento grego, mas obteve apenas 160, que corresponde à soma dos deputados do seu partido, do Pasok e de cinco independentes. 135 deputados estiveram presentes e não votaram no candidato apoiado pela Comissão Europeia. E outros cinco deputados estiveram ausentes da votação.

As expetativas do Governo na recolha de apoios entre os deputados independentes eram um pouco superiores, mas ainda assim longe do número necessário. Segue-se agora uma segunda votação no dia 23, com a mesma barreira de 200 deputados. E uma última tentativa, a 29 de dezembro, com a barreira de eleição a baixar para os 180 deputados. Caso falhem as duas eleições que faltam, o parlamento terá de ser dissolvido nos dez dias seguintes e convocadas eleições antecipadas para o fim de janeiro ou início de fevereiro.

Tsipras: “A democracia não cede à chantagem”

Reagindo ao resultado da eleição, o líder do Syriza afirmou que “o alarmismo dos últimos dias não trouxe os frutos que o governo de Samaras esperava. A estratégia do medo fracassou”.

“Amanhã será um novo dia, com mais otimismo. A democracia não cede à chantagem e o nosso povo é o protagonista da mudança. A solução será imposta pelo povo e pela democracia”, acrescentou Tsipras, que vê o seu partido à frente das sondagens das últimas semanas.

Termos relacionados Internacional
(...)