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EUA: 30 mil vão às ruas de Nova York contra o racismo

Outros protestos ocorreram em Washington, Boston, Oakland e outras cidades, pedindo mudanças profundas que permitam aos afro-descendentes viver sem medo da polícia.
Os olhos de Eric Garner, uma das vítimas, na manifestação de Nova York. Twitfoto de Gen Knoxx

Cerca de 30 mil pessoas manifestaram-se neste sábado em Nova York contra a violência policial nas comunidades afro-americanas dos Estados Unidos.

O protesto realizou-se sob o lema "Millions March NYC" e percorreu o centro de Manhattan até à sede da polícia. Foi organizada, através das redes sociais, por duas jovens negras e com o apoio de várias organizações civis, e uniu-se a protestos semelhantes em Washington, Boston, Oakland e outras cidades.

"Temos uma obrigação moral de sair às ruas e pedir mudanças profundas que nos permitam, e às nossas comunidades, viver sem medo da polícia", afirmou uma das organizadoras, Umaara Iynass Elliott, em comunicado.

"As vidas dos negros importam”

Os manifestantes exibiam vários cartazes com inscrições como "As vidas dos negros importam", "Nem um mais" e "Não posso respirar", em referência às últimas palavras pronunciadas pelo afro-americano Eric Garner antes de morrer asfixiado por um polícia em Nova York.

A decisão de um grande júri de não acusar o polícia, Daniel Pantaleo, gerou desde o início de dezembro uma onda de protestos, que deram continuidade à indignação provocada por uma decisão semelhante no caso de Michael Brown, o jovem negro morto a tiro por um polícia em Ferguson (Missouri).

A manifestação de Nova York exigiu a demissão imediata do agente da polícia responsável pela morte, a criação de uma procuradoria especial para tratar abusos policiais e a publicação dos nomes dos agentes envolvidos em tiroteios mortais a 48 horas do incidente.

Polícia deteve dezenas

As manifestações decorreram em geral de forma pacífica, embora a polícia em Boston tenha dito que prendeu 23 pessoas que tentaram bloquear uma estrada.

Também em Oakland, Califórnia, a polícia afirmou ter detido 45 pessoas por vandalismo, por não terem dispersado, por resistência à prisão e por outras acusações no sábado à noite, após milhares terem saído às ruas.

"Vamos manter a luz sobre Mike Brown e todas as vítimas. A única maneira de fazer as baratas correrem é manter a luz acesa", disse o líder de direitos civis reverendo Al Sharpton, cuja Rede de Ação Nacional organizou a manifestação em Washington.

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