A greve geral tem como lema “Così Non Va!” (“Assim não pode ser”) e é convocada por duas das maiores centrais sindicais italianas, a CGIL e a UIL. Para além da greve geral, estão também convocadas manifestações para as principais cidades de Itália, segundo a agência Efe.
No centro do protesto está a revisão da lei laboral lançada pelo governo de Matteo Renzi, que pretende rever o artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que protege os trabalhadores dos despedimentos sem justa causa.
No seu site, a CGIL afirma: “Existem todas as condições para que o governo mude a sua reforma laboral. A lei do emprego (jobs act) e a lei da estabilidade não contêm medidas para revitalizar o trabalho e a economia”.
A UIL aponta em comunicado: “Solicitamos ao governo que modifique a reforma laboral cujas medidas não correspondem ao que tinha prometido... Esperamos que estas políticas, absolutamente insatisfatórias para quem procura emprego, possam mudar”.
As duas centrais apelam aos trabalhadores, tanto do setor público como do privado, para que parem, se manifestam e exijam ao governo medidas concretas que reativem o investimento e a criação de emprego. Segundo a UIL, os sindicatos exigem também a baixa do IRS para quem ganhe menos de 24.000 euros por ano e aumentos mensais de 80 euros para os pensionistas.
Para esta sexta-feira, estão convocadas 54 manifestações em cidades como Nápoles, Palermo, Reggio Calabria, Veneza, Turim, Florença, Roma. O líder da UIL, Carmelo Barbagallo, participará na manifestação de Roma e a secretária-geral da CGIL, Susanna Camusso, na de Turim.
O governo proibiu os trabalhadores ferroviários do setor público de fazerem greve, a CGIL condenou esta medida e Susanna Camusso afirmou: “Pedimos a revogação desta proibição. Se o governo a mantiver, respeitá-la-emos, mas é um ato grave”.