Mariana Mortágua

Mariana Mortágua

Deputada. Dirigente do Bloco de Esquerda. Economista.

Pelo segundo ano consecutivo e a segunda vez em democracia, crianças de 9 ou 10 anos foram ontem chamadas para fazer um exame do 4.º ano. Não tenho nada de especial contra os exames. Eu própria já fiz muitos ao longo dos últimos anos. Coisa diferente é dizer que uma criança de 9 anos deve fazê-los.

A solução da direita para combater uma economia deprimida é alavancar novamente a economia com recurso a políticas europeias financiadas pela dívida bancária ou modelos de investimento em regime PPP.

Esperava-se que um empresário com as características elencadas por Passos fosse alguém que tivesse criado empregos bem pagos e desenvolvido a economia do país, não alguém que, à sombra de Oliveira e Costa, ajudou a montar uma espécie de Tecnoforma gigante.

Quinhentos e oitenta e um euros (581!). Brutos. São estes os números oficiais do salário médio dos contratos de trabalho assinados desde outubro de 2013. Com os descontos, são pouco mais de 500 euros.

Lembrei-me das entusiasmadas palavras do primeiro-ministro, que apregoava o novo e saudável modelo económico português, assente na justiça social, e livre do endividamento, a propósito de duas pequenas notícias que saíram a semana passada.

Quando ouvir dizer que a lista VIP tem apenas quatro nomes, não acredite. A verdadeira lista VIP de Portugal tem quase 40 anos e muito mais linhas.

Para além do empréstimo ao fundo de resolução no valor de 3.900 milhões de euros, o Novo Banco tem mais 2.865 milhões de dinheiro público – são impostos que não vai pagar no futuro ou, caso vá à falência, que os seus novos acionistas poderão reclamar ao Estado. Artigo de Mariana Mortágua.

Segundo a auditoria interna da PT, desde pelo menos 2007 que metade do excedente de tesouraria da PT era colocado no BES e no GES, quota que foi subindo até aos 80%, em valor acumulado (ou seja, contando com as renovações dos investimentos). Por Mariana Mortágua.

Portugal, o 'bom aluno', não tem indicadores assim tão diferentes da Grécia. Vejam-se os dados:

Defendendo contas equilibradas - não esquecemos os custos sociais, económicos e ambientais da degradação dos transportes públicos.