Carlos Vieira

Carlos Vieira

Ativista associativo na defesa dos Direitos Humanos. Militante do Bloco de Esquerda. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990

A actual ascensão da extrema-direita em vários países europeus, com o ódio aos imigrantes como denominador comum, só acontece devido às políticas dos partidos da direita e do centro, que, no poder, têm promovido as desigualdades sociais, a pauperização e privatização dos Serviços Públicos.

Esta cena não é nenhuma parábola, aconteceu mesmo em Viseu no dia 28 de Outubro passado e foi-me relatada pela jovem de São Tomé e Príncipe. Só Yosef, Miryam e Yeshua migraram da Bíblia.

O que foi derrotado no 25.11 foi a democracia directa e realmente 
participativa que o povo português exerceu.
 

As causas determinantes estão apuradas: a crise climática, a má gestão florestal, com a monocultura do pinheiro e do eucalipto; o abandono do campo e das florestas que aumentam os matos combustíveis. Falta apenas acção determinada dos governos e autarcas.

Menos “desporto” de bancada ou de sofá e mais prazeroso exercício físico. Colocar o desporto dependente da propaganda  da Coca Cola ou da “Fast Food” é incentivar a obesidade pandémica. Um desporto massificado, democratizado, fonte de saúde física e psíquica, de sociabilização e amizade.

Só a esquerda pode impedir a degradação das condições de vida das populações e impedir a guerra, a desumanização e a fascização da Europa. A nossa guerra, de Portugal e da Europa, é a guerra contra as alterações climáticas.

Quando o governo e os partidos mais ou menos liberais da direita se queixam de uma redução na receita do Estado de 158 milhões de euros, com esta abolição de portagens, esquecem-se de contabilizar o custo das portagens para as empresas da região e para milhares de trabalhadores.

Em 2023, os crimes de ódio cresceram 38% em Portugal. A impunidade é norma. Recentemente a SOS Racismo e a associação Letras Nómadas denunciaram a ausência de resposta às queixas que têm apresentado à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminaçao Racial.

Saúde, educação, habitação, pensões e salários dignos… E paz, em Portugal e na Europa, que também está em causa, no voto a 10 de Março.

Se o Estado tem o dever constitucional de “assegurar a existência de um serviço público de rádio e televisão”, não pode alijar responsabilidades relativamente à concentração da propriedade privada de jornais, nem a negócios pouco transparentes, que coloquem em risco o pluralismo.