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Madeirenses deixam de poder interromper gravidez nos hospitais públicos

A única médica responsável pelas interrupções voluntárias da gravidez na Madeira está de saída e os restantes pediram objeção de consciência. O Bloco de Esquerda exige explicações sobre este "atropelo à lei em vigor".
No Hospital Nélio Mendonça, não há médicos que assegurem o cumprimento da lei do aborto.

No hospital público Nélio Mendonça, apenas uma médica assegurava que a lei do aborto aprovada em referendo fosse cumprida na Região Autónoma da Madeira. Mas esta quinta-feira, o Diário de Notícias da Madeira revelou que a médica já pediu o seu afastamento da unidade hospitalar e todos os restantes médicos se declararam "objetores de consciência" para não realizarem interrupções voluntárias da gravidez.

Ante a gravidade da situação, o Bloco de Esquerda exige ao Conselho de Administração do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira "todas as explicações sobre uma situação que pode configurar - além do referido atentado à saúde, vida e dignidade das mulheres madeirenses -, um grosseiro desrespeito e atropelo à Lei em vigor".

Para o Bloco de Esquerda/Madeira, que reagiu em comunicado, fica assim "comprometido o cumprimento da Legislação em vigor, na medida em que, qualquer mulher para interromper a gravidez a seu pedido poderá ter que voltar a recorrer às clínicas privadas, ou a um qualquer 'vão de escada', como em tempos de má memória".

Os bloquistas madeirenses repudiam veementemente a postura do Serviço Regional de Saúde e a dos profissionais de Saúde que, "ao abrigo de uma inaceitável 'objecção de consciência' (?!), podem colocar em risco a vida de mulheres que se veem novamente atiradas para o aborto clandestino, se não puderem ir para o continente ou não tiverem posses para recorrer aos privados", acrescenta o comunicado.

Ante a gravidade da situação, o Bloco de Esquerda exige ao Conselho de Administração do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira "todas as explicações sobre uma situação que pode configurar - além do referido atentado à saúde, vida e dignidade das mulheres madeirenses -, um grosseiro desrespeito e atropelo à Lei em vigor".

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